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Ambiente

Armazenagem de lixo

Condomínios em Uberlândia se preparam para cumprir nova lei

terça-feira, 22 de novembro de 2016
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Condomínios já se preparam para a nova lei de armazenagem de lixo

As montanhas de lixo acumuladas nas calçadas de grandes aglomerados habitacionais e comerciais estão com os dias contados em Uberlândia. Mesmo antes da Lei 1.584/2016, que regulamenta o armazenamento desses resíduos, ser sancionada, os condomínios já preparam projetos e negociam condições com a Prefeitura para a cessão de área a fim de construir abrigos.

Segundo a Secretaria de Serviços Urbanos, há 1.157 condomínios residenciais e comerciais na cidade.

A previsão é que a nova lei seja aprovada pelo Executivo até o início do próximo mês. O texto estabelece a construção de abrigos de alvenaria para armazenamento do lixo até a passagem da coleta, para condomínios com mais de 100 pessoas.

“Vamos analisar caso a caso. Há aqueles que já têm abrigos e precisam apenas de adequação, há aqueles que não têm área a ser destinada à obra, os que coletam de porta em porta e descartam no aterro, entre outros”, disse o assessor de Limpeza Urbana da Secretaria de Serviços Urbanos, Ronaldo Pereira. Administradores têm 180 dias para enviar um requerimento para análise.

Entre as especificações do projeto, está a proporção do espaço, que deve corresponder à quantidade de residentes ou frequentadores do local. A construção deve levar em conta a produção de, em média, 1 kg de resíduo sólido ao dia por pessoa, além da periodicidade da coleta. No caso do condomínio Spazio Único, situado no bairro Shopping Park, zona sul, por exemplo, que tem 1.232 apartamentos, se produz cerca de 5 mil kg de lixo ao dia, considerando quatro moradores por unidade. Como a coleta é feita em dias alternados, o abrigo deve medir no mínimo 40 m³.

Segundo o síndico do local, Felipe Valadares, a administração está em tratativa com a Prefeitura de Uberlândia para a cessão de um espaço público para a construção do abrigo.

“Já projetamos usar uma sala construída para armazenamento do lixo, mas o volume é muito grande. Então, como hoje o espaço que usamos é irregular, pois ocupamos um terreno municipal, nos comprometemos a readequar o local para dar lugar a um posto policial, se cederem uma área para construir um abrigo. Nosso projeto já está pronto”, afirmou Valadares.

No caso do condomínio Jardins Roma, no bairro Nova Uberlândia, zona sul, onde há 280 residências ativas, a coleta é feita de porta em porta e depositada diariamente em contêineres na calçada lateral do condomínio. “Já destinamos massa verde e lixo seco. Para o lixo molhado, nossos engenheiros trabalham em um projeto de abrigo e entramos com uma solicitação na Prefeitura de Uberlândia para cessão de espaço para a obra. Temos áreas verdes, mas são fiscalizadas pelo Ministério Público”, disse a administradora Flavia Helena Kehrigbiava.

Sem verba

O Residencial Lucas Cordeiro, situado no bairro Nossa Senhora das Graças, zona norte, onde há 144 apartamentos, conta com grandes lixeiras de metal tampadas na calçada.

“Elas costumam atender à demanda com folga. Estão sempre trancadas, com acesso restrito a moradores, de modo que o excesso na rua ou é porque o zelador tira o lixo para a coleta ou porque vizinhos deixaram no local”, disse o síndico Leonardo Rodrigues Alves. A administração achou absurda a obrigatoriedade de construção do abrigo. “Não temos condições financeiras, nem espaço para iniciarmos uma obra agora”, disse Alves.

Educação

Moradores do entorno de condomínios atestam a importância da legislação que estabelece a construção de abrigos para armazenamento do lixo produzido nestes locais. Morador do condomínio Spazio Unico, o estudante universitário Fabrício Cardoso disse que o local a que se destinam os resíduos do empreendimento não favorece o depósito correto pelos moradores.

“A área fica situada na saída do condomínio e muitos moradores que passam com o carro simplesmente lançam as sacolas de lixo, que se rompem e obstruem o acesso dos outros moradores aos contêineres. Como o lixo fica a céu aberto, aumenta o mau cheiro, o chorume e o risco de contaminação”, disse Cardoso.

O condomínio de apartamentos Recanto dos Gravatás, no bairro Jardim dos Gravatás, na zona sul, conta com três abrigos para depósito de lixo, que devem sofrer adequações para atenderem à nova lei, como contêineres para armazenamento e destinação correta de resíduos.

“Há casos pontuais, como latas com resto de tinta jogadas no abrigo, e casos mais constantes, como descarte de móveis, não recolhidos pela coleta”, disse o vendedor Francis Lucas de Freitas, que mora na frente do local. Segundo o síndico Carlay Martins, a gestão de resíduos passa por reavaliação para maior eficiência. “Mas ainda há pouca consciência dos residentes quanto à separação dos resíduos”, afirmou Martins.

Opinião

A legislação chegou com atraso em Uberlândia, embora sua extrema importância na cadeia produtiva do lixo, segundo a professora do Instituto de Geografia da UFU, Marlene Teresinha de Muno Colesanti.

“As pessoas querem se desfazer de seus rejeitos o quanto antes, seja como for. Isso leva a uma falta de cuidado sobre o quê e como se descarta, o que impacta a cidade, seja pela contaminação de lençóis ou pelo desperdício de materiais que poderiam ser reciclados, o que é potencializado nos grandes aglomerados”, afirmou Marlene Colesanti.

Assim como, na logística reversa, instituída por lei e que obriga empresas que produzem materiais tóxicos a compartilharem a responsabilidade pelo seu recolhimento, as administradoras de condomínios precisam dividir a responsabilidade pela destinação correta do lixo produzido, segundo a pesquisadora.

“A cidade está entre muros, cada vez mais, o que obstrui a passagem, inclusive, de serviços urbanos, como a coleta de lixo. Se não se responsabiliza pela gestão do resíduo produzido internamente, o empreendimento tem que abrir as portas para a coleta”, disse a professora.

Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/

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