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Desabamento

Quatro colunas foram destruídas antes de queda

sexta-feira, 25 de outubro de 2019
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Quatro colunas foram destruídas antes de queda de prédio, diz filha da síndica ao depor

Edifício de sete andares desabou e matou nove pessoas; sete foram resgatadas com vida

Um dia antes do desabamento do Edifício Andrea, quatro colunas já haviam passado por intervenção, segundo depoimento de Anita Grazielle Rodrigues Barbosa à Polícia Civil. Grazielle é filha da síndica do condomínio, Maria das Graças Rodrigues, uma das nove vítimas do colapso do prédio. Na reforma, um pedreiro destruiu o concreto que reveste a parte metálica nas colunas de sustentação.

Em depoimento, Grazielle informou que constatou a intervenção nas colunas em 14 de outubro, data de início da obra, por volta de 15h30, quando ela percebeu que a estrutura já estava com revestimentos retirados e ferros expostos. Na manhã seguinte (15), o condomínio ruiu, deixando nove mortos e sete feridos.

A filha revelou que no dia do desabamento chegou a falar a mãe às 8h30 por telefone, ocasião em que a síndica respondeu estar esperando a chegada do responsável técnico para ser feito o escoramento do prédio. Contudo, vídeo obtido pelo G1 mostra um funcionário do engenheiro José Andresson Gonzaga dos Santos quebrando uma das colunas do pilotis naquela data.

Orçamento mais barato

Três orçamentos discutidos em assembleia para reformas estruturais no Edifício Andrea foram apresentados à Polícia Civil por ela. A empresa Ceará Inspeção ofereceu proposta no valor de R$ 35.412, enquanto a MH Construções calculou a obra em R$ 25.261. Os condôminos, porém, optaram pela oferta da Alpha Engenharia, que apresentou a menor oferta (R$ 22.200) para recuperação e pintura de 14 pilares e vigas.

Ainda durante o depoimento, Anita Grazielle Rodrigues Barbosa esclareceu que o pagamento da intervenção foi dividido em quatro vezes de R$ 4.400. Um extrato da conta do condomínio entregue à polícia comprova o repasse da primeira parcela à conta da Alpha Engenharia. As outras três foram pagas com cheques pré-datados a serem compensados no dia 14 do meses de novembro, dezembro e janeiro de 2020.

A filha de Maria das Graças Rodrigues deixou ainda a cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) para ser anexada nos autos do processo. O documento confirma a versão dela mostrando que a obra começou no dia 14 de outubro, contrariando a versão de José Andresson Gonzaga dos Santos. O engenheiro alegou que o serviço começou somente no dia 15 último.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que 21 pessoas já foram ouvidas no inquérito para apurar as causas do acidente e que segue com as oitivas.

“Parte dos bens recuperados entre os escombros – aparelhos celulares, tablets, joias, perfumes, artigos pessoais – estão sendo restituídos às vítimas ou familiares que procuram a delegacia com o intuito de receber o bem. A Polícia Civil segue com as oitivas que podem ajudar a elucidar as causas do desabamento”, completa.

 

Edifício Andrea 'chacoalhou' três vezes antes de desabar, diz sobrevivente em depoimento

Fernando Marques, de 20 anos, foi a primeira pessoa retirada com vida dos escombros, após a estrutura de sete andares desabar, no dia 15 de outubro

Um dos sobreviventes do desabamento do Edifício Andrea, em Fortaleza, afirmou ter sentido o prédio "chacoalhar" por três vezes antes de desmoronar. Fernando Marques, de 20 anos, foi o primeiro resgatado com vida dos escombros, em 15 de outubro, data da tragédia. O G1 teve acesso ao depoimento do jovem, prestado nesta quinta-feira (24), no 4º Distrito Policial, no Bairro São João do Tauape.

Em seu relato, Fernando reafirma o início das obras no dia 14 de outubro. Ele não chegou a presenciar a reforma das colunas do prédio, pois estava há quatro dias sem sair do apartamento 302, onde morava, em função dos estudos. Contudo, conta ter ouvido o barulho vindo da intervenção nas estruturas.

Fernando morava com a mãe, Rosane Marques de Menezes, morta no desabamento. No momento da queda, ainda segundo o depoimento, ele estava no próprio quarto estudando, enquanto a mãe possivelmente estava no quarto dela, pois se preparava para sair.

Rosane não conseguiu escapar com vida. O corpo foi retirado das ruínas na noite de 17 de outubro. Além da mãe, Fernando perdeu também no desabamento o avô e a avó, Vicente de Paula e Izaura Marques Menezes. Ambos moravam no apartamento 502.

Momento da queda

O edifício ruiu logo depois de ter balançado pela terceira vez, conta Fernando. O depoimento detalha como o jovem percebeu a queda: "nesse momento ficou como se tivesse perdido o chão. Ao cair, ficou com o braço esquerdo, pés e parte do tronco preso pelos escombros, bem como soterrado pelos escombros".

Fernando diz ter ficado sentado, sem conseguir mexer o corpo. Gritou pedindo por ajuda e, instantes depois, ouviu vozes de pessoas. Em alguns minutos foi resgatado por uma equipe do Corpo de Bombeiros e conduzido em uma ambulância a um hospital particular, onde foi atendido e recebeu alta no mesmo dia, por volta das 22h.

Sete sobreviventes e nove mortos

O Edifício Andrea desabou às 10h28 do dia 15 de outubro. O prédio ficava no cruzamento das ruas Tibúrcio Cavalcante e Tomás Acioli, no Bairro Dionísio Torres. A operação de resgate do Corpo de Bombeiros durou cinco dias, sendo encerrada na tarde de sábado, 19 de outubro, quando a última pessoa desaparecida foi localizada. Nove pessoas morreram e sete foram resgatadas com vida.

Fonte: https://g1.globo.com

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