Prédio interditado
Edificação em Vila Velha apresentou estalos e estrondos
[15/02/2021] Prédio de condomínio é interditado por conta de risco na estrutura em Vila Velha, ES
Moradores escutaram estalos e um estrondo na noite desta quinta-feira (12).
Um estrondo em um condomínio no bairro Jabaeté, em Vila Velha, na Grande Vitória, fez os moradores evacuarem os apartamentos na noite desta quinta-feira (12). A Defesa Civil de Vila Velha esteve no local e interditou o bloco.
O prédio faz parte do programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, e foi entregue para os moradores em 2015. Ao todo, 16 famílias que moram no bloco 13 do condomínio Residencial Vila Velha foram orientadas a deixar os apartamentos.
Os moradores contaram que ouviram estalos na estrutura durante a madrugada e durante a noite os barulhos aumentaram. Um apartamento no segundo andar apresentou uma rachadura na parede.
Moradores
Sem ter para onde ir, alguns moradores dormiram na calçada do condomínio.
“Estava deitada dormindo, quando escutei um barulho de bomba. Pensei que não fosse nada, mas vieram bater na minha porta dizendo para descer, que ia desabar. Só deu tempo de colocar um vestido e pegar meus documentos”, contou Irenildes Rodrigues de Souza.
A moradora passou a noite com o marido e o cachorro na calçada. A família dela é de São Mateus, no Norte do estado. Irenildes relatou que esperou por nove anos a conclusão da obra.
“Eu estou com o pijama por baixo da roupa até agora”, disse.
Vistoria
A Defesa Civil isolou a área e orientou que os moradores deixassem os apartamentos, só retornando depois de uma avaliação do Corpo de Bombeiros.
A Prefeitura de Vila Velha disse que a construtora foi acionada e esteve no condomínio ainda na noite desta quinta-feira. Foram constatadas trincas e rachaduras que, segundo os moradores, surgiram depois do barulho.
A Defesa Civil estadual e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) farão uma vistoria com engenheiros para fazer um laudo sobre essa situação.
[18/02/2021] Defesa Civil suspende interdição de condomínio em Jabaeté e moradores podem voltar
O condomínio faz parte do programa "Minha Casa, Minha Vida" e a liberação aconteceu após laudo técnico emitido pela Caixa
Na manhã desta quinta-feira (18) a Defesa Civil encerrou a interdição do bloco 13 do Condomínio Residencial Vila Velha localizado no bairro Jabaeté. A decisão aconteceu após a apresentação de um laudo técnico que garante a segurança necessária para o retorno dos moradores.
O laudo foi emitido pela Caixa Econômica Federal pois o condomínio faz parte do programa "Minha Casa, Minha Vida". A dor de cabeça começou após alguns moradores ouvirem estrondos vindo do prédio na última quinta-feira (11). O bloco em questão possui 16 apartamentos e todos os residentes precisaram evacuar o local por volta das 19h30.
Vistorias
Após denúncia dos moradores, a Defesa Civil esteve no local e interditou o bloco no mesmo dia da ocorrência. Na ocasião foram detectadas trincas e rachaduras, que segundo moradores surgiram após um barulho. Após um laudo técnico emitido por uma equipe de engenharia da Caixa, os moradores retornaram às suas residências no domingo (14), mas precisaram deixar as moradias novamente no dia seguinte após novos barulhos.
Na última terça-feira (16) o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) realizou uma vistoria técnica no Residencial Vila Velha.
Além do condomínio em Jabaeté, o Crea-ES também realizou vistorias no Edifício Santos no bairro Nova Itaparica, também em Vila Velha.
[18/02/2021] Outro caso | Vistoria do Crea não descarta risco de caixa d'água cair em condomínio da Serra
Peritos apontaram que reservatório apresenta "importante deformidade". Três empresas de engenharia foram autuadas e duas receberão notificações
Os técnicos do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES) realizaram uma vistoria técnica no Condomínio Residencial Top Life Serra Cancun, no bairro São Diogo II, na Serra, e não descartaram a possibilidade de desabamento da torre de água que abastece o local.
Os moradores do condomínio precisaram deixar os apartamentos na tarde da última terça-feira (16), por causa de um amassado na caixa d'água. Uma equipe da Defesa Civil da Serra esteve no local, assim como a equipe responsável pela obra. Na ocasião, a Defesa Civil orientou os responsáveis a isolar o espaço.
De acordo com os especialistas do conselho, o reservatório de chapas de aço com aproximadamente 35 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro, apresenta "importante deformidade, cujo grau de risco deve ser estabelecido e indicado por empresa de engenharia especializada".
Durante os trabalhos realizados pelos técnicos, três empresas de engenharia foram autuadas e duas receberão notificações. Foram autuadas: Dipawa Indústria, Comércio e Construtora; Tecnojato Metal Mecânica e Pinturas; e Extimborges. As notificações foram para a construtora do condomínio, a MRV e para a Dipawa.
Segundo o Crea-ES, durante a vistoria também foi identificada a existência de um Laudo Técnico emitido no dia 17 de julho de 2020. A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) - documento assinado por profissional capacitado se responsabilizando pela obra ou pelo projeto -, "já apontava, na ocasião, irregularidades, como oxidações, antes mesmo de vencer a garantia de fabricação dos reservatórios, que seria em agosto de 2020. O Crea-ES continuará com as apurações e realizará vistorias técnicas e fiscais até que se tenha uma solução definitiva para o caso".
O síndico do condomínio Top Life, Luiz Cláudio Almeida, informou que já havia alertado a construtora sobre o problema com a caixa d'água em janeiro do ano passado. Ele disse também que pretende acionar a Justiça para garantir, emergencialmente, o fornecimento de água potável e alojamento para os moradores ameaçados.
"Os prédios ameaçados são os blocos 1 e 2 do edifício Aruba, com 60 unidades cada. Os blocos 5 e 6, com 50 unidades cada e o bloco 1 do edifício Cancun, com 60 unidades, também estão em risco. Já mandamos parar os serviços de manutenção. Ainda não fomos notificados pelo Crea-ES e vamos pedir uma liminar para garantir água e abrigo aos moradores ameaçados. A água está com gosto de ferrugem", afirmou o síndico.
Segundo a sub-síndica Andreia Oliveira, 15 famílias saíram do bloco 5 do edifício Cancun com medo do desabamento. "É uma sensação horrível viver com esse risco, assustadora. Não tenho condições emocionais e psicológicas de ficar no meu apartamento, pois ele fica localizado em frente à caixa d'água. Estou fora de casa desde terça-feira", disse Andreia.
MRV: Reforço em estrutura
A construtora MRV informou, por meio de nota, que nesta quarta-feira (17) foi realizada uma perícia no castelo d’água do condomínio Cancun Top Life, na Serra, e o laudo sairá na próxima semana. Informou ainda que será necessário a realização de um reforço em parte da estrutura onde foi feita uma intervenção inapropriada por parte do condomínio.
Por fim, a MRV disse que, com o laudo em mãos, a construtora orientará o condomínio em relação à execução correta deste reforço e permanecerá apoiando no que for necessário.
O responsável pela empresa Tecnojato, Genilson dos Santos, informou que fez apenas um serviço de jateamento e pintura, que não poderia comprometer a estrutura da caixa d'água. "O meu serviço é jateamento e pintura. Eu não fiz nada para a caixa cair. Tem RRT do serviço, não preciso ser registrado no Crea porque tem um engenheiro que assina", disse.
A Dipawa, que fabricou a caixa d'água, informou que ainda não recebeu a notificação do Crea-ES. Assim como André Borges dos Santos, responsável pela Extimborges. Ele informou que prestou serviços no ano passado. "Só fiz a substituição de uma tubulação, de acordo como que o condomínio pediu. Vou esperar a notificação para saber o que faremos".
Defesa Civil
A Defesa Civil da Serra constatou, após perícia da estrutura da caixa d'água na última quarta (17), que não há risco iminente de queda. Apesar da análise inicial, a Defesa Civil orientou que seja contratado um profissional de topografia para analisar o local. "Após a perícia, que será realizada por um profissional contratado pela empresa responsável pela construção do condomínio, será possível ter mais informações a respeito dos danos estruturais e das medidas necessárias para os reparos", esclareceu o órgão, por meio de nota.
[25/02/2021] Construtora instala novas caixas d'água em condomínio da Serra
No total serão 50 mil litros, divididos em duas caixas com 20 mil litros e em outra com 10 mil para suprir caixa que apresentou risco de queda
Depois de ouvir do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (Crea-ES) que a caixa d'água do condomínio Residencial Top Life Cancun, em São Diogo II, na Serra, poderia apresentar risco de queda, novas caixas d'água foram instaladas no local. A construtora MRV, que construiu o condomínio, instalou nesta terça (23) três novas caixas d'água para suprir a antiga. No total serão 50 mil litros, divididos em duas caixas com 20 mil litros e em uma com 10 mil.
A construtora já havia providenciado hospedagem para alguns moradores que deixaram o condomínio, com medo de queda da antiga caixa. Segundo o síndico Luiz Cláudio Almeida, oito famílias estão fora de suas casas. A reportagem procurou a MRV para confirmar esse número e se a empresa está custeando as despesas, porém não tivemos o retorno. O espaço ficará aberto para a resposta da empresa.
Os condôminos saíram do local por precaução após não descartarem a possibilidade de desabamento da torre de água que abastece o local.
A Defesa Civil da Serra esteve também no condomínio nesta tarde de terça-feira (23) e de acordo com nota enviada o ´órgão constatou que a situação está sob controle e que não recebeu ainda a avaliação do topógrafo que deveria ser providenciada pelo síndico, e orientou que seja apresentado um relatório com danos estruturais e medidas necessárias para os reparos. Segundo a Defesa Civil o síndico já encaminhou o pedido à construtora para a contratação do profissional e elaboração do documento.
Entenda o caso
A estrutura da caixa d'água do Condomínio Top Life Edifício Cancún apresentou um amassado na parte lateral na tarde de terça-feira (16). De acordo com o síndico do condomínio, foi uma moradora de um prédio vizinho que percebeu o problema e comunicou o fato à subsíndica do local onde mora.
"Ela mandou uma foto para a subsíndica, que entrou em contato comigo. Eu costumo verificar a caixa todos os dias, até porque a gente está reformando e verifiquei que aquele amassado não era normal. Era um amassado novo e aconteceu depois que nós começamos a encher a parte superior da caixa", contou.
Após ser comunicado do fato, Luiz Cláudio disse que entrou em contato com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
Luiz Cláudio contou ainda que a construtora MRV, empresa responsável pela obra, foi comunicada, em janeiro de 2020, sobre possíveis corrosões no reservatório de água. No entanto, segundo ele, a construtora respondeu, alegando que a estrutura não estava mais na garantia. A obra foi entregue aos moradores em agosto de 2015.
A MRV informou que foi contratado um perito para orientar o condomínio quanto aos possíveis reparos. Por meio de nota, a empresa disse que a manutenção que estava sendo realizada no castelo d’agua do empreendimento foi solicitado pelo condomínio e não foi realizada pela construtora. A MRV acrescentou que o empreendimento foi entregue há cinco anos e, nesse período, não houve acionamentos de assistência técnica pelo condomínio sobre a estrutura do castelo de água.
Fonte: g1.globo.com e https://www.folhavitoria.com.br.
