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Mercado

Edifícios sustentáveis

São Paulo sedia cerca de 30% das construções e lidera ranking

sexta-feira, 24 de março de 2023
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São Paulo lidera ranking de edifícios sustentáveis do país

A capital paulista sedia cerca de 30% das construções certificadas com selos que atestam que são ‘green building’

São Paulo está assumindo, ainda que de forma tímida, o caminho da verticalização sustentável — é hoje a cidade brasileira que tem o maior número de construções sustentáveis certificadas. No Brasil, o selo Aqua-HQE, aplicado pela Fundação Vanzolini, está presente em mais de 781 edificações prontas ou em construção, 30% delas sediadas na capital paulista. A GBC Brasil, entidade que concede os selos LEED e GBC Casa & Condomínio, aponta para um cenário bem similar: dos 821 empreendimentos já concluídos e certificados no país, 35% deles estão em São Paulo.

A Fundação Vanzolini criou um ranking dos bairros mais sustentáveis de São Paulo, usando como critério os que sediam mais edifícios com o selo Aqua-HQE. A Vila Mariana lidera a lista como a região mais sustentável não só da capital, mas de todo o país, com 23 edificações certificadas. Em segundo lugar está Tatuapé, com 16 prédios; em terceiro, Lapa e Chácara Santo Antônio, empatados com 11 empreendimentos com o selo; Perdizes tem oito; e Vila Madalena, Vila da Saúde, Jaguaré e Campo Belo têm seis edifícios certificados cada um.

“O ranking mostra o começo de uma mudança. Estudos apontam que cada edificação sustentável consegue impactar uma quadra no entorno do imóvel. Mas, se um bairro tiver uma grande quantidade de construções sustentáveis, haverá impacto positivo na região inteira”, explica a presidente da proActive, a engenheira civil Ana Rocha Melhado.

Consultora especializada em projetos saudáveis e sustentáveis, ela orienta incorporadoras que desejem receber não apenas o Aqua, mas também o LEED, o GBC Brasil Casa, o Edge e outros. “Se houver um crescimento ainda maior de construções sustentáveis em todos os bairros, melhores serão os benefícios para a cidade”, conclui.

A depender do interesse real de incorporadoras e construtoras em adotar o green building, isso acontecerá em um futuro próximo. “Na comparação de janeiro de 2021 com o mesmo mês deste ano, o aumento nas contratações da Aqua-HQE foi de 387%”, afirma Bruno Casa-grande, gerente de Marketing da Área de Certificação da Fundação Vanzolini.

Um dos motivos para esse aumento tão expressivo está ligado aos negócios, pois o mercado já começa a exigir edificações certificadas. Para Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, vice-presidente de Desenvolvimento do Sinduscon-SP, o ESG fortaleceu a governança.

“É essencial buscar essas certificações porque os recursos dos fundos mundiais estão atrelados às metas das emissões de carbono. No Brasil, as linhas de crédito de alguns bancos têm condições melhores para empresas de baixo impacto ambiental. E esse é um caminho sem volta”, avalia.

Uma construção sustentável pode contribuir para valorizar os imóveis em até 20%. “O mercado já entendeu que as boas práticas reduzem substancialmente o risco para investidores. Uma pesquisa da FGV de 2018 mostrou que projetos com selo LEED representavam aumento de 4% a 8% no valor do aluguel — e a vacância era menor”, informa Felipe Faria, diretor do GBC Brasil.

Diretora Jurídica, de Compliance e de Sustentabilidade na Cyrela, Rafaella Carvalho concorda. “Cuidar do meio ambiente e ter responsabilidade social e boas práticas de governança tornou-se obrigação nos negócios”, afirma.

Investir em construções verdes é bom negócio

Consumidores se interessam mais por esse tipo de construção, que também valoriza o bairro e todo o seu entorno

Parte do investimento que as incorporadoras têm feito em prédios sustentáveis está concentrada em bairros reconhecidamente valorizados da capital paulista. Um movimento natural, na avaliação do professor de Economia Danilo Igliori, economista-chefe da OLX Brasil e do Data Zap+.

“As empresas investem em edificações sustentáveis nas regiões em que esse diferencial pode aumentar o valor do imóvel, porque o consumidor já valoriza questões ambientais. Isso puxa a valorização do bairro, e outras empresas vão pelo mesmo caminho, criando um círculo que vai se ampliando”, diz Igliori.

É o caso da Tarjab Incorporadora e Construtora, que tem dez edifícios no portfólio (80% dele) certificados pelo Aqua — e promete buscar o selo para os próximos projetos. “A certificação de sustentabilidade é um diferencial. O interesse pela construção sustentável vai ficar mais forte, porque é bom para a sociedade, para o planeta e para os negócios”, afirma Carlos Borges, CEO da Tarjab e vice-presidente de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP.

A Trisul S.A. investe em sustentabilidade desde 2015, quando teve o primeiro prédio certificado pelo Aqua — hoje são 28. Em 2018, foi a primeira incorporadora brasileira a receber o selo Procel. “Algumas empresas ainda veem a construção sustentável como gasto, mas eu sempre a entendi como investimento. A valorização dessas iniciativas já está acontecendo”, diz o diretor técnico Roberto Pastor Júnior.

Ele recorda que, quando a Trisul começou a se adequar às exigências de sustentabilidade, o impacto no custo da obra foi de 1%, hoje já absorvido graças ao aprendizado do início. “O consumidor já sabe que prédios com certificação verde exigirão menos manutenção ao longo do seu tempo de vida, e isso significa redução no valor do condomínio. É um investimento que compensa”, afirma Pastor Júnior.

Saiba mais sobre o ranking de edifícios sustentáveis.

https://valor.globo.com/

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