José Elias de Godoy

Condomínio mais seguro

Condomínios devem apostar em tecnologia e em barreiras físicas

Por Mariana Ribeiro Desimone

07/08/17 11:01 - Atualizado há 6 anos


Por José Elias de Godoy*

Mais uma vez a imprensa paulistana noticiou, neste  último mês de junho, invasões e furtos em  vários condomínios na Zona Sul da Capital. O que chamou a atenção foi a maneira que o bandido atuou, pulando os muros e escalando as paredes pelo lado de fora do prédio, sendo a matéria veiculada da seguinte forma: 'Homem-aranha' é suspeito de escalar 4 prédios e furtar 9 apartamentos neste ano no Itaim Bibi, em SP.

Polícia analisa vídeo com ladrão subindo pela parede; ele já conseguiu chegar até o 12º andar de edifício em bairro nobre. De fevereiro a maio, criminoso já levou relógio Rolex, celulares e dinheiro. 

O ladrão apelidado de "homem-aranha", pelo modo como invade condomínios de alto padrão no Itaim Bibi, é suspeito de escalar quatro prédios e furtar nove apartamentos neste ano no bairro nobre da Zona Sul de São Paulo).

O G1 apurou que a Polícia Civil ainda não identificou o criminoso, mas tem indícios de que ele vem atuando na região desde fevereiro. Câmeras de segurança flagraram a ação do homem em maio. Investigadores apuram se o criminoso tem curso de escalada ou pratica parkour pela habilidade e rapidez com a qual sobe os prédios.

A investigação não descarta a possibilidade de que existam outros ‘homens-aranha’ que poderiam pertencer a uma quadrilha que esteja invadindo apartamentos de alto padrão.  Fonte: http://g1.globo.com/, de 08/06/2017.

Com isto se percebe a fragilidade em que se encontram os condomínios e a ousadia dos ladrões em invadirem locais, teoricamente seguros, e ainda escalarem suas paredes externas para assaltarem os condôminos dentro de seus próprios apartamentos.

Este tipo de modus operandi demonstra que os meliantes estão burlando os sistemas de segurança implantados e se aproveitando das falhas percebidas facilmente nos condomínios residenciais além de se utilizarem de habilidades pessoais para invadir os prédios.

Para tanto, faz-se necessário observar os pontos críticos e vulneráveis do condomínio a fim de sanar suas deficiências, aumentando assim seu grau de proteção.

Por isso mesmo é que há a necessidade de se manter barreiras físicas compatíveis com a realidade do condomínio, complementados por equipamentos eletrônicos, tais como cerca elétricas e sensores, além de se ter regras de procedimentos para moradores e funcionários.

Com a instalação de tais equipamentos eletrônicos de segurança, para se estabelecer uma barreira perimetral, pretende-se detectar a intrusão ou evasão de qualquer indivíduo pela área perimetral no menor intervalo de tempo possível e com a intenção de evitar a invasão do patrimônio. Para tanto, faz-se necessário que tais equipamentos estejam ligados e em perfeito funcionamento a fim de não ser surpreendido por ações delituosas deste estilo.

Os gestores dos condomínios devem estar atentos para que a manutenção dos equipamentos não tenham falhas, quer seja a preventiva ou mesmo a corretiva, tudo para que funcionem corretamente e de forma que não causem surpresas no momento de necessidade e urgência.

Cabe lembrar que os moradores devem trancar a porta que separa a sala das varandas para dificultar a entrada do invasor além de se manter fechadas e trancadas portas e janelas que dão acesso às áreas das fachadas externas dos apartamentos, tudo isto em busca de uma proteção mais eficaz das residências e do próprio condomínio.

* José Elias de Godoy é especialista de Segurança em Condomínios e autor dos livros “Manual de Segurança em Condomínios’’ e “Técnicas de Segurança em Condomínios”.