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COVID-19: condomínios comerciais devem se adaptar

Confira o que mudou nesses empreendimentos pela experiência do síndico profissional Marcelo Junqueira

Por Thais Matuzaki

12/05/20 10:20 - Atualizado há 4 anos


Por Marcelo Junqueira*

Completamos 45 dias aproximadamente  um mês de isolamento social.

As primeiras semanas com as notícias da propagação do vírus (COVID-19) fizeram os condomínios comerciais mudarem toda sua rotina de limpeza

As equipes de limpeza tiveram que redobrar o trabalho nas áreas comuns, elevadores e halls de entrada.

Pânico, desinformação e o medo do futuro incerto deixaram todos muito ansiosos e perdidos. 

No início, nossa preocupação foi dedicada à limpeza das áreas comuns e tão logo as empresas foram obrigadas ao isolamento social, nossos desafios passaram a ser a redução nos custos condominiais, com inúmeras justificativas, dentre elas, a não utilização do conjunto e dos serviços do condomínio (arrecadação, seguranças, bombeiros, garagem, entre outros).

Percebemos poucos usuários preocupados em entender  o funcionamento do condomínio, pois procuram olhar simplesmente para si e pouco para coletividade, e dentre elas, nenhuma preocupação em manter os empregos dos funcionários terceirizados do condomínio. 

Foram vários os desafios do síndico e administradora em estudar as medidas provisórias editadas diariamente pelo governo, para uma redução com responsabilidade, pois alguns usuários que continuavam e continuam com seus trabalhos diariamente (dependendo do ramo logicamente ).

Finalizado esse longo estudo e revisão de todos os contratos terceirizados, onde mantivemos 100% dos empregos, conseguimos reduções significativas que variaram entre 15% e 35%, respectivamente.

Cabe ainda ressaltar que todos os investimentos aprovados em assembleias realizadas em 2020 foram suspensos, além de chamadas extras, como o uso do fundo de reserva ou aplicações.

Pois bem, passada essa fase, começamos a estudar a possibilidade de uma volta gradual, onde o maior desafio será a nova convivência com pessoas, aglomerações nos halls de entrada em horários de pico (chegada, almoço, saída), quantidade de pessoas em elevadores, medições de temperatura, uso de escadas, entre outros itens que deverão surgir. 

Portanto senhores leitores, essa adaptação deverá ser rápida.                    

 

(*) Síndico profissional de condomínios comerciais, entre eles, os principais “Triple A” de São Paulo".