26/11/12 12:14 - Atualizado há 12 anos
Servir a uma comunidade é uma tarefa que envolve, além de dedicação, muita responsabilidade.
Não se diferencia se a função é exercida profissional ou voluntariamente, se inexperiente “marinheiro de primeira viagem” ou experiente tendo já exercido o cargo anteriormente. O exercício da sindicância traz consigo a influência que o cargo exerce sobre as pessoas e o peso das ações que devem ser tomadas, e claro, suas consequências.
Por um lado, o dever que tem o eleito de cumprir todas as normas internas, por outro agir em todas as situações que moradores ou frequentadores insistem em descumprir a boa conduta e o respeito à vizinhança.
O espirito conciliador, sem permitir que vizinhos se sintam prejudicados , a preocupação de que o patrimônio comum não seja delapidado ou que as leis sejam desrespeitadas, é o dia a dia daquele que se dispôs por um determinado período a representar a comunidade. Aliás, isso é mais que um gesto de boa ação, pois atende uma obrigação legal prevista no Código Civil. Somente ao síndico cabe representar o condomínio em qualquer situação em que estiver envolvido seja como réu ou como autor.
Se o cargo traz consigo o peso da cobrança muitas vezes excessiva, também traz a satisfação da realização, da coragem de assumir e agir em nome de uma comunidade, onde a maioria confiou em sua pessoa e o elegeu para condução da gestão do bem comum.
É preciso que todos os moradores convirjam num só sentido, sob o comando do síndico, a quem cabe conduzir as ações atendendo a vontade da maioria expressa nas reuniões periódicas, sempre em conformidade com a legislação vigente.
Se a delegação exige responsabilidade, cabe reparti-la com todos que lá habitam e que tem no edifício de maior ou menor envergadura, igualmente a expectativa de encontrar no empreendimento a harmonia tão desejada.
Se o dia 30 de novembro é dedicado para homenagear o síndico, que trabalha 365 dias do ano, é justo e desejável que nos demais 364 dias do ano ajamos com participação e senso comunitário compartilhando os deveres e as obrigações, objetivando uma convivência pacífica e respeitosa.
Parabéns a todos que tomaram para si essa incumbência e nem sempre colhem o reconhecimento ou a compreensão dos seus coproprietários. Mas certamente o tempo dedicado traz a sensação de dever cumprido e o exemplo para todos de cidadania!
(*) Gabriel Karpat, economista (PUC-SP), mediação e arbitragem (FGV), especialista em condomínios, autor de livros e diretor da GK administração de Bens