13/06/25 02:32 - Atualizado há 2 dias
Descobrir a origem de barulhos em um condomínio pode ser um desafio, mas algumas estratégias simples podem ajudar moradores a identificar o ruído e informar o síndico, permitindo que as devidas diligências sejam realizadas.
Confira ao longo da leitura do artigo 4 sugestões práticas.
Um morador pode colaborar ativamente na identificação da fonte do barulho, o que envolve observar atentamente de onde o ruído parece vir. Isso pode incluir prestar atenção aos momentos em que o som é mais intenso e tentar localizá-lo através de paredes, pisos ou tetos do próprio apartamento.
Uma abordagem inicial pode ser conversar com vizinhos próximos. Se o barulho parecer vir de um apartamento vizinho, um diálogo respeitoso pode ajudar a esclarecer a situação. Perguntar de forma cordial se eles estão cientes do ruído e se têm alguma ideia de sua origem pode revelar informações úteis.
Manter um registro detalhado dos horários e tipos de barulho é uma estratégia eficaz. Anotar quando o ruído é mais frequente e descrever o tipo de som ou atividade associada pode ajudar a identificar padrões que auxiliem na investigação.
Além disso, a tecnologia pode ser uma aliada: utilizar dispositivos de monitoramento de ruído, como aplicativos de smartphone, pode ajudar a determinar a origem e a intensidade do barulho com mais precisão.
Depois de coletar informações sobre a origem do barulho, o morador pode comunicar o síndico, detalhando a situação e fornecendo quaisquer evidências ou registros que tenha coletado.
O síndico poderá, então, tomar as medidas apropriadas, como realizar uma inspeção no local ou envolver as partes necessárias para a resolução do problema.
No caso de as estratégias anteriores não serem eficazes, o morador pode considerar contratar um notário para elaborar uma ata notarial. Este documento oficial pode relatar formalmente os incidentes relacionados ao barulho, servindo como uma evidência substancial em processos futuros.
É crucial que a comunicação com outros condôminos e com o síndico seja sempre respeitosa e colaborativa, buscando uma solução que seja satisfatória para todos os envolvidos. Dessa forma, é possível manter a harmonia e o bem-estar dentro do ambiente do condomínio.
(*) Fernando Augusto Zito - Advogado militante na área de Direito Civil; Especialista em Direito Condominial; Pós-graduado em Direito e Negócios Imobiliários pela Damásio Educacional; Pós-Graduado em Direito Tributário pela PUC/SP; Pós-Graduado em Processo Civil pela PUC/SP; Membro da Comissão de Condomínios do Ibradim, Palestrante especializado no tema Direito Condominial.