terça-feira, 2 de dezembro de 2025
Residentes do conjunto habitacional Wang Fuk Court alertaram autoridades sobre possíveis riscos de incêndio relacionados às obras de renovação em andamento no local. O Departamento do Trabalho de Hong Kong confirmou a informação nesta sexta-feira (28). O incêndio já causou 128 mortes e deixou aproximadamente 200 pessoas desaparecidas.
Os moradores manifestaram preocupações em setembro de 2024 sobre a inflamabilidade da tela verde utilizada para cobrir os andaimes de bambu instalados ao redor dos edifícios. As autoridades, após revisarem a certificação de segurança da tela, classificaram o risco como "relativamente baixo".
A empresa Prestige, responsável pelas obras, havia conseguido um contrato de US$ 42,4 milhões para reformar o complexo em janeiro de 2024. A polícia local informou que as paredes externas dos prédios "possuíam redes, membranas, lonas impermeáveis e folhas plásticas suspeitas de não atender aos padrões de segurança contra incêndio". Três pessoas ligadas à empreiteira foram detidas sob suspeita de homicídio culposo.
Nessa segunda-feira (1°), o governo de Hong Kong afirmou que 13 pessoas foram presas até o momento por suspeitas de ligação com o incêndio ao condomínio de arranhas-céus que deixou 151 mortos na última quarta-feira (26).
Na última quinta-feira (27), a polícia realizou buscas no escritório da Prestige Construction & Engineering Company, que era responsável pelas reformas no complexo de torres. Segundo a mídia local, a polícia apreendeu caixas de documentos como provas. Até a última atualização desta reportagem, não se sabia se todos os detidos tinham relação com a construtora.
O incêndio começou às 15h no horário local. As chamas tomaram os andaimes em cinco minutos, invadiram o interior do primeiro prédio e se espalharam para outras torres. Em quatro horas, sete das oito torres de 32 andares estavam em chamas.
Cerca de 4.600 moradores foram evacuados e encaminhados para abrigos temporários. A fumaça densa dificultou o acesso das equipes de resgate aos andares superiores durante o combate ao fogo.
O Departamento do Trabalho realizou 16 inspeções de segurança no local entre julho de 2024 e novembro de 2025. A agência emitiu seis notificações de melhoria para a empreiteira e iniciou três processos judiciais.
Em outubro de 2025, a administração informou ao comitê de moradores sobre itens que precisavam de reparo, incluindo equipamentos de combate a incêndio. Em julho deste ano, foi relatado que "algumas mangueiras dentro dos reservatórios de incêndio apresentavam sinais de desgaste e corrosão durante o trabalho de impermeabilização".
O comitê expressou preocupação em novembro de 2024 de que a quantidade de painéis solares nos telhados "poderia violar regulamentos de segurança contra incêndio".
A causa exata do incêndio ainda não foi determinada. O chefe de Segurança, Chris Tang, confirmou que os alarmes de incêndio do complexo não funcionavam adequadamente. Segundo Tang, foram realizados testes em 120 amostras do material das telas de proteção e sete delas não estavam dentro dos requisitos de resistência ao fogo. A polícia afirmou que "reunirá evidências e conduzirá uma investigação completa para determinar a causa do incêndio" após a extinção total das chamas.
Na última sexta (28), os bombeiros concluíram o combate ao fogo. Por conta das proporções que tomou, engolindo sete torres de 31 andares do condomínio de prédios, o incêndio se tornou o mais mortal em Hong Kong em três décadas.
O professor Jiang Liming, da Universidade Politécnica de Hong Kong, comparou o incidente ao da Grenfell Tower em Londres, ocorrido em 2017. "É um mecanismo de propagação do fogo muito similar: da fachada, o fogo entrou nos apartamentos", explicou.
As doações para os sobreviventes atingiram 900 milhões de dólares de Hong Kong, o que equivale a R$ 618 milhões. Segundo as autoridades, um fluxo constante de pessoas depositava flores, cartões e homenagens em um memorial improvisado perto do bloco de edifícios destruídos.
O complexo, localizado no distrito de Tai Po, possui cerca de dois mil apartamentos e abriga cerca de 4,6 mil moradores, segundo um censo realizado pelo governo em 2021. Cada uma das oito torres tem mais de 30 andares.
Vamos abordar as medidas de combate a incêndios em condomínios com múltiplas torres, que são essenciais para garantir a segurança dos moradores e a conformidade legal. Aqui estão os principais pontos a serem considerados:
Manter um condomínio seguro é uma responsabilidade contínua que envolve preparação e prevenção. Essas medidas podem ser determinantes para a segurança de todos os residentes.
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