Finanças

Reajuste da taxa condominial

Entenda como ajustar as finanças corretamente

Por Mariana Ribeiro Desimone

03/02/11 10:36 - Atualizado há 3 anos


Nada como ter conhecimento do que o condomínio precisa com antecedência para, no momento do reajuste da taxa, saber exatamente quanto aumentar.  Mas há sempre muito a considerar: Deve-se considerar a inflação do período? A idade da edificação conta? Como mostrar que o dinheiro pedido a mais será bem empregado?

O momento de reajustar a taxa é sempre tenso, já que seu aumento impacta diretamente no bolso dos condôminos. Para que a ocasião não seja tumultuada, é importante que síndico e conselho estejam bem a par da situação financeira do local e das alterações a serem apresentadas.

COMO FAZER

O reajuste da taxa condominial pode ser aplicado no começo do ano, período em que a maioria dos condomínios convoca a assembleia geral ordinária para planejar as finanças do condomínio. 

Nela, aprovam-se as contas do ano anterior, mas o síndico ou a administradora podem colocar em aprovação e votação dos condôminos a nova previsão orçamentária, e com ela o reajuste da taxa condominial, se necessário.

Tais aprovações devem ser pela maioria dos presentes na assembleia

Em último caso, se a previsão orçamentária e a nova taxa não sejam suficientes para oferecer o aporte necessário para as contas do condomínio, pode-se convocar uma assembleia extraordinária para que sejam feitos os ajustes necessários futuramente.

É importe lembrar que o reajuste da taxa condominial não precisa acompanhar a inflação, já que muitos dos gastos não mudam de acordo com esse índice.

O QUE CONSIDERAR

MARGEM DE SEGURANÇA

Para planejar com segurança é interessante que as contas do condomínio contem com uma “gordurinha” a mais. Pode ser uma porcentagem de 5% a 10% das contas, para que haja dinheiro em caixa para o caso de alguma eventualidade ou acidente – diferente do Fundo de Reserva, que é obrigatório por lei, esse dinheiro a mais pode ser usado para pequenos reparos, por exemplo.

Se o empreendimento for mais antigo é importante que haja mais interesse nesse “extra”, já que nesses casos a edificação pede por mais reparos e manutenção.

ERROS COMUNS

Fontes consultadas: Hubert Gebara, vice-presidente do Secovi-SP, Renê Vavassori, diretor da administradora Itambé, Marcio Bagnato, diretor da administradora Habitacional, José Roberto Iampolsky, da administradora Paris Condomínios, Washington Rodrigues, gerente geral de Condomínios da Apsa