Segurança

Agressão no RJ

Síndica é ferida por condômino antissocial devido a manutenção de academia

Por Beatriz Quintas

segunda-feira, 5 de setembro de 2022


[Atualização] Homem que agrediu síndica está proibido pela Justiça de manter qualquer contato com a vítima

Condômino deverá manter a distância mínima de 200 metros e não pode dividir as dependências do local com a mulher

O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), por meio da 39ª Vara Criminal, expediu, nesta segunda-feira (5), uma medida protetiva a favor da síndica Dayse de Souza Ribeiro, de 56 anos, agredida por um morador do condomínio de luxo, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O pedido cautelar foi feito pela defesa da vítima, que estava se sentindo ameaçada pelo agressor, identificado como Amadeu Ribeiro de Souza Neto. 

O condômino também deve manter distância mínima de 200 metros e não pode dividir, nem frequentar, as dependências onde ambos moram, como por exemplo os elevadores.

Na decisão, o magistrado também citou a agressividade exacerbada contra a mulher. "O fato de ser mulher, ao que parece, foi motivo facilitador da prática delitiva", escreveu. Em caso de descumprimento da medida, Amadeu pode ser preso em flagrante.

Relembre o caso

Proprietário de um imóvel no condomínio, Amadeu Ribeiro foi flagrado por uma câmera de segurança agredindo com um tapa forte no rosto a síndica Dayse. A agressão aconteceu dentro da academia de um dos blocos do condomínio de luxo. No registro, é possível ver que a vítima chega a ser arremessada no chão com a força do golpe desferido pelo agressor. Ela mexia no celular, sentada em uma cadeira, quando foi atingida.

agressão teria sido motivada por uma proibição no uso da academia, que estaria passando por pintura naquele momento. O reparo teria sido avisado a todos os moradores do condomínio, mas o acusado insistiu em usar o espaço.

Antes da agressão, o morador teria se negado a sair do espaço, que havia permanecido fechado ao longo do dia para o reparo. Com a permanência, a síndica teria desligado as luzes do local e insistido para que ele saísse. Na sequência, ele sai do local, mas volta e atinge Dayse com um tapa. A violência foi tamanha que ela sofreu um corte no lábio.

O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca), que busca testemunhas para serem ouvidas e realiza diligências para concluir o inquérito.

 

[04/09] Defesa de síndica espera que medida protetiva faça agressor ser expulso de condomínio na Barra

Dayse de Souza Ribeiro, de 56 anos, relata medo de circular pelo prédio onde vive e esbarrar com morador que lhe deu tapa

A defesa da síndica Dayse de Souza Ribeiro, de 56 anos, espera que Amadeu Ribeiro de Souza, o morador que a agrediu seja expulso do convívio no condomínio de luxo, na Barra da Tijuca, ainda nesta semana. Segundo o advogado Daniel Blanck, a medida protetiva determina que o agressor fique a pelo menos 100 metros de distância da vítima, o que o impediria de morar no mesmo prédio. 

"A minha expectativa é que a Justiça aprecie o pedido de afastamento e que cesse qualquer tipo de contato dele com a vítima sob pena de prisão", disse o advogado Daniel Blanck.

Síndica do condomínio Marina Barra Bella há dois anos, Dayse diz que, desde que a agressão ocorreu, não consegue circular tranquilamente pelo condomínio: 

"Eu agora estou mais atenta. Um cara que chega ao ponto de cometer uma covardia desse tipo, você espera qualquer coisa. O mínimo que a gente espera das pessoas é que ela tenha civilidade. (...) Não é porque alguém tem opinião diferente, que você vai sair batendo em todo mundo. Se uma pessoa se comporta assim, é óbvio que eu acredito que ele vai tentar de novo. Até porque é um covarde", disse a moradora.

Já tinha até aberto três boletins de ocorrência contra ele, mas ele não compareceu para prestar depoimento", lembrou a síndica. 

"Ele já tinha gritado, vindo para cima de mim, mas sempre parou. Já gritou, xingou, xingou minha mãe. Foi até por isso, para evitar que ele seguisse me atacando, que abri os boletins de ocorrência, mas não deu jeito. Dessa vez ele veio para me agredir covardemente", afirmou Dayse.

Dayse teria ido ao local para pedir que ele se retirasse, mas Amadeu insistiu e, após ter sua vontade negada, desferiu um tapa contra a vítima. A agressão foi filmada por uma câmera de segurança.

Um dia após o ocorrido, uma assembleia de moradores realizada no condomínio foi decidido por unanimidade pela expulsão de Amadeu do residencial na Barra.

"Recebi o apoio de todos no dia da assembleia, inclusive de pessoas que não moram mais no condomínio, mas que alugam suas unidades. Todos muito preocupados e prestando solidariedade. Ninguém mais quer que uma pessoa desequilibrada como ele siga circulando pelo nosso meio", garante a síndica.

 

[03/09] Morador agride síndica com tapa no rosto em condomínio de luxo no RJ

Uma síndica de condomínio foi agredida com um tapa no rosto por um morador do prédio, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Imagens de câmeras de segurança registraram toda a ação e mostram Dayse de Souza Ribeiro, 56, ao chão, após cair da cadeira por causa da agressão.

agressão aconteceu após o morador do prédio receber a informação de que a academia estava fechada para manutenção, segundo o boletim de ocorrência acessado pelo UOL. O agressor foi identificado como Amadeu Ribeiro de Souza Neto. A reportagem tenta contato com o suspeito.

No vídeo, é possível ver a personal de Amadeu falando com a síndica, que estava sentada, mexendo no celular. Em seguida, o homem aparece e dá um tapa no rosto da mulher, que cai da cadeira, após o golpe.

O caso foi registrado como lesão corporal, na 16ª Delegacia de Polícia Civil, na Barra da Tijuca, que investiga o crime. Dayse teve ferimentos no rosto e na boca. A vítima foi encaminhada para o exame de corpo de delito. Nas imagens, é possível ver que o chão da academia ficou sujo de sangue.

"Ela [a síndica] já teve três registros de ocorrência contra esse agressor, todos por ofensa contra honra e xingamentos. Ele continua no prédio, e ela está bastante abalada, com medo de voltar e ser agredida", disse ao UOL Daniel Blanck, advogado da vítima.

Condôminos votaram pela expulsão do morador, diz advogado

agressor também compareceu à reunião, fazendo Dayse se sentir intimidada após o episódio de agressão.

O advogado da vítima considera que o caso não se enquadra como violência doméstica, mas lesão corporal. Daniel Blanck adiantou que vai pedir à Justiça uma medida protetiva para garantir a segurança da síndica.

"No dia da assembleia, os condôminos votaram pela expulsão do morador. Vamos distribuir uma ação judicial, pedindo a expulsão dele por ser uma pessoa antissocial, por representar riscos aos outros. Sendo julgado procedente essa ação, ele não perde o imóvel, mas não pode mais frequentar o condomínio. Ou seja, não vai poder ficar lá", explica a defesa.

O UOL entrou em contato com Amadeu Ribeiro de Souza Neto através de email, mas ainda não obteve retorno. O texto será atualizado se houver alguma manifestação do suspeito.

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/09/03/sindica-agredida-condominio-de-luxo-barra-da-tijuca-rio-de-janeiro.htm#:~:text=Uma%20s%C3%ADndica%20de%20condom%C3%ADnio%20foi,cadeira%20por%20causa%20da%20agress%C3%A3o https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2022/09/6478518-defesa-de-sindica-espera-que-medida-protetiva-faca-agressor-ser-expulso-de-condominio-na-barra.html https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2022/09/6479405-homem-que-agrediu-sindica-esta-proibido-pela-justica-de-manter-qualquer-contato-com-a-vitima.html