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Acessibilidade em condomínios além da lei: É humanização

Grupo Graiche lança E-book em inciativa inédita no setor imobiliário e lembra que "não são as pessoas que são deficientes, mas sim, os lugares"

Por Thais Matuzaki (edição)

20/09/22 04:53 - Atualizado há 1 ano


Por Luciana Graiche*

humanização.

condomíniostambém têm seu papel”, fala Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche. empresa que administra mais de 850 condomínios, com 110 mil unidades.

acaba de lançar um E-book abordagem sobre a acessibilidade nas unidades condominiais.

estimular todos os agentes condominiais a ter um olhar especial sobre a questão.

podem ter a mobilidade reduzida temporariamente.

“Uma perna quebrada, um procedimento cirúrgico, convalescenças variadas, uma gestação, o bebê no colo ou no carrinho e, uma questão natural da vida: o envelhecimento. Todas essas situações se incluem na questão da acessibilidade”, salienta Luciana.

Mobilidade reduzida pode atingir a todos

A atenção ao idoso, aliás, se faz cada vez mais necessária. No Brasil, existem, aproximadamente, 35 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Em 2050, serão quase 70 milhões - 30% da população.

Com a expectativa de vida cada vez mais crescente, o avanço da idade traz o declínio nas habilidades físicas, na visão, audição e locomoção. “E tudo isso vai prejudicar a mobilidade, mais cedo ou mais tarde”, fala a vice-presidente do Grupo Graiche.

“Também são prioritários outros quase 20 milhões de cidadãos, vários também com mais de 60 anos, com algum tipo de deficiência física e/ou intelectual, que limita os movimentos de forma permanente. São pessoas que dependem de instrumentos que viabilizem a acessibilidade para exercer plenamente a cidadania que os condomínios têm obrigação de oferecer”, completa.

Luciana lembra, ainda que a mobilidade reduzida de uma pessoa impacta várias outras ao redor. “São pais, filhos, irmãos, maridos, esposas, enfim, pessoas que apoiam familiares com dificuldades para ir e vir. E tem, também, aquele amigo, uma visita, que não pode subir as escadas de um condomínio que não tem rampa, por exemplo ou, ainda, pessoas com nanismo. O condomínio é para todos e a acessibilidade também”.

Planejamento para um projeto de acessibilidade no condomínio

especialista faça os projetos e crie soluções personalizadaselevadores, banheiros, vagas de garagem, portas, elevadores, piso (tátil) e também pelo lazer.

uma boa iniciativa é buscar instrutores e recreadores especializados para incentivar a prática de esportes, além de estimular a participação nos eventos do condomínio”, sugere.

muitos idosos se sentem sozinhosgarantir a inclusão de verdadeo acesso é convidar para a festa e a inclusão é chamar para dançar”, acrescenta.

Treinamento e empatia para tornar seu condomínio acessível

exige investimento considerável e um período de obras que traz transtorno para todos.

pequenas mudançascultura de acessibilidade entre os funcionários e os moradores, de modo que cada um tenha o entendimento de que as adaptações não são apenas uma obrigação, mas o certo a ser feito”, destaca.

não são as pessoas que são deficientes, mas sim, os lugares e situações que não estão preparados para lidar com as necessidades e oferecer condições igualitárias para todos”, conclui.

 A cartilha do Grupo Graiche sobre Acessibilidade pode ser acessada gratuitamente, no link https://bit.ly/3bkY18l.

(*) Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche, empresa que administra mais de 850 condomínios, com 110 mil unidades.