Primeiros Socorros

Primeiros socorros

Funcionários e moradores de condomínios devem estar preparados para emergências

Por Mariana Ribeiro Desimone

28/10/14 10:09 - Atualizado há 4 anos


Por ser um local onde há grande trânsito de pessoas, o condomínio deve estar preparado para todo o tipo de emergências.

Mas não são só os funcionários que podem agir em primeiros socorros. Moradores que tiverem noções de salvamento podem fazer a diferença entre a vida e a morte de uma pessoa acidentada - dentro e fora do condomínio.

Por isso, o SíndicoNet traz à tona esse tema - muitas vezes negligenciado - e ajuda o síndico a ter funcionários preparados e moradores bem instruídos para casos de desmaios, engasgamentos, convulsões, parada respiratória, reanimação cardiopulmonar e queimaduras.

Veja abaixo as orientações e não deixe de baixar nossa cartilha e cartaz sobre procedimentos de primeiros socorros disponíveis no final desta matéria:

Kit de primeiros socorros

Se precaver contra acidentes não é apenas cautela. A NR-07 (norma regulamentadora do Ministério do Trabalho) deixa claro, em seu artigo 7.5.1 que:

 7.5.1. Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.

O kit básico de primeiros socorros deve conter: luva, gaze, atadura, esparadrapo, algodão, soro fisiológico, hastes flexíveis, colar cervical, faixas e tesoura com ponta arredondada.

Vale lembrar que algumas localidades pedem uma atenção a mais. Na cidade de São Paulo, por exemplo, locais que contem com mais de 1.500 pessoas devem ter um desfibrilador para emergências – e, claro, alguém que saiba operá-lo.

Funcionários

Além dessa NR, todos os condomínios são obrigados, devido a NR-05 (norma regulamentadora do Ministério do Trabalho), a oferecer o curso de CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) para pelo menos um de seus funcionários. Os empreendimentos com mais de 51 funcionários devem ter uma comissão formada e um responsável pelo grupo. Nos cursos anuais de CIPA são passadas informações sobre primeiros socorros e sobre prevenções de acidentes no local de trabalho, entre outros.

Infelizmente, a maioria dos condomínios manda apenas um funcionário para o treinamento. E se ele não estiver presente quando uma emergência acontecer? Por isso é importante capacitar e reciclar o máximo de funcionários do condomínio para esse tipo se situação.

"Como os condomínios geralmente só são obrigados a enviar um funcionário, eu recomendo que a cada ano um colaborador diferente faça o curso. Dessa forma, atingimos mais pessoas", ensina Rosely Schwartz, especialista em condomínios.

“O treinamento é essencial não só para quem vai ser atendido. Quem está bem informado consegue executar os procedimentos corretamente e passar mais calma e tranquilidade, o que faz toda diferença quando a vítima está se sentindo vulnerável”, assinala o sargento Brasil, do Corpo de Bombeiros de São Paulo.

Outro ponto a ser levado em conta é a responsabilidade civil do síndico. Caso alguém passe mal - seja um morador, funcionário ou visitante - e não consiga o socorro adequado, é o gestor quem poderá ser acionado judicialmente no futuro - principalmente se não tiver em dia com as obrigações de CIPA em dia.

É importante frisar também que estar em dia com as obrigações de primeiros socorros não obriga nenhum funcionário do condomínio a conseguir efetivamente salvar alguém que esteja em perigo. Em uma emergência é fundamental chamar os bombeiros (193) ou o Samu (192) como primeira precaução, no mesmo momento em que a pessoa apresentar um mal estar.

Os condomínios paulistanos que queiram assistir uma palestra sobre o tema podem mandar um e-mail para o Corpo de Bombeiros para agendar o encontro.

Moradores

Como dissemos, não são apenas os funcionários que podem ajudar nos primeiros socorros. Eles podem também ter papel determinante e até salvar vidas em situações emercenciais, como engasgamentos, paradas respiratórias, convulsões, etc.. E isso vale não só para situações dentro do condomínio. Afinal, quem nunca passou por isso - seja em um restaurante, shopping, clube, etc. - e ficou sem saber como agir?

Você sabe, por exemplo, fazer uma massagem cardíaca ou respiração boca a boca? Ou como agir diante de um engasgamento ou convulsão?

Para se ter uma ideia, segundo o Corpo de Bombeiros da cidade de São Paulo, chamadas por engasgamento são a maioria das emergências de pronto socorro em condomínios. Por isso, como um gesto de cidadania, é importante que todos saibam ao menos lidar com tais situações. Veja no material abaixo como instruir os seus vizinhos.  

Cartilha e cartaz para download

Muitas vidas podem ser salvas se todos soubessem agir de acordo com os procedimentos básicos de primeiros socorros. Por isso, preparamos uma cartilha e um cartaz que explicam e ilustram tais procedimentos para que você possa, não apenas instruir seus funcionários, mas também orientar seus moradores em casos de: ‏desmaios, engasgamentos, convulsões, parada respiratória, reanimação cardiopulmonar e queimaduras.

Veja abaixo:

Saiba mais:

Serviço

Fontes consultadas: Rosely Schwartz, especialista em condomínios e professora da Escola Paulista de Direito, Cristiano de Souza, advogado especialista em condomínios e consultor SíndicoNet, Sargento Brasil, do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Deva ir Prates, diretor do Projeto Prates, Pedro Cunha, Capitão do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Nilton Savieto, José Elias de Godoy, da Suat