13/01/11 03:14 - Atualizado há 11 meses
O cuidado com as áreas comuns é algo que deve acontecer o ano inteiro, principalmente em condomínios com muita área verde, próximo de rios e córregos ou de terrenos vazios – e se há infestação de pragas no local ou não.
dedetização avulsa, semestral ou mensal.“Existem condomínios cuja necessidade é realmente uma ou duas vezes por ano, no máximo. Por outro lado, se houver muita demanda, fica caro para o síndico chamar a empresa de forma ‘avulsa’. Nesses casos, vale mais a pena fechar um plano mais frequente de manutenção”, assinala Luiz Henrique Alves, diretor da Desentupidora e Dedetizadora Império.
O ideal é manter os cuidados com essas áreas o ano todo. Dessa forma, o empreendimento estará sempre resguardado em casos de uma infestação, por exemplo.
contrato de prestação de serviços com uma empresa dedetizadora, pode ser uma boa opção.avaliar as necessidades do seu condomínio para ter certeza da melhor alternativa para as finanças e para a boa conservação das áreas comuns do local.
longo do ano pode custar até 30% mais em conta do que pagar pelos mesmos serviços de maneira avulsa.
Vale lembrar que para efetuar qualquer contratação que impacte nas finanças do condomínio, o síndico deve referendar a decisão em uma assembleia.
prestador de serviços a cada seis meses.acompanhamento mensal das áreas”, pesa Davidson Gula, da Aprag (Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas).
Também é importante frisar que é responsabilidade do síndico zelar pelas áreas comuns. Caso haja uma infestação – e se isso impactar em prejuízos para o condomínio devido a ausência de cuidados -, o mesmo poderá ter de indenizar a massa condominial.
No estado de São Paulo, não há uma lei específica sobre a obrigatoriedade da periodicidade do condomínio fazer dedetização.
No Rio de Janeiro, a lei estadual nº 7806/2017 determina, no art. 5º que os condomínios serão obrigados a providenciarem a realização dos serviços de desinsetização e desratização, conforme proposto pelas normas vigentes da ANVISA.
periodicidade minimamente mensal, visando impedir de modo integrado que vetores e pragas urbanas se instalem ou reproduzam no ambiente.”
não há razoabilidade de aplicação de periodicidade tão curta para prédios residenciais e, até, não residenciais (salvo ambientes hospitalares, de alimentos etc.)”, comenta o advogado especializado em condomínios André Luiz Junqueira.
Para a síndica profissional Karine Prisco, essa dedetização frequente pode ser uma maneira de manter as áreas comuns mais livres de pragas urbanas.
moradores que fizerem o serviço no mesmo período que o condomínio, negocie um bom preço com eles e não deixe de divulgar bem essa informação para que todos façam”, sugere.
Por lidar com pesticidas, é vital que a empresa escolhida para fazer o serviço seja séria e siga todas as recomendações legais.
São Paulo, pode-se verificar se a prestadora de serviços é filiada a Aprag. cerca de 1.800 que não seguem a legislação.
O síndico deve solicitar esses documentos à empresa:
ficar atento também ao orçamentoão cobrar por litro de pesticida – o que dá margem para cobranças superfaturadas.
Além disso, o síndico deve, ainda, checar referências sempre que possível de outros condomínios que contrataram o serviço.
Veja abaixo como é feito o serviço de controle de pragas no condomínio, de acordo com o animal:
Há dois tipos de barata, as chamadas “de esgoto” e a conhecida com “paulistinha” ou “francesinha”, menor, que chega ao condomínio por meio de embalagens já contaminadas por ovos ou insetos adultos.
O controle é feito com o uso de gel, iscas e armadilhas que deverão diminuir a população do inseto no local e evitar novas infestações.
Um dos grandes vilões das pragas urbanas, os cupins podem ser de dois tipos: de solo e de madeira seca.
Os de solo podem representar um problema maior para o condomínio quando se instalam junto às paredes, formando ‘veios’ de cupim e comprometendo alguns tipos de estrutura.
Para fazer o controle desse inseto, o ideal é passar cupinicida em madeiramentos que estejam expostos a esse tipo de problema.
A madeira que já passou por esse tratamento recentemente, além de não sofrer com a instalação dos insetos, ainda ajuda a mitigar a colônia. Isso porque o cupim ao se alimentar do material, ao voltar para a colônia, acaba prejudicando todos os insetos do local.
Pernilongos e mosquitos em geral podem representar um grande desconforto para moradores.
A empresa geralmente trata esse tipo de praga com nebulização de partículas de inseticida em áreas altas e em superfícies onde porventura possam pousar. Ao encostarem nesses locais, os insetos morrem.
Para fazer o controle dessa população, a empresa costuma colocar raticida em pequenas tocas colocadas em locais estratégicos do condomínio. Dessa forma, o rato come a substância e vai morrer em seu ninho.
o que fazer quando há uma infestação de pragas em uma das unidades?
provar a origem do problema.
advertir o condômino, pois é obrigação dos condomínios garantir que não haja perturbação à saúde, sossego e segurança dos demais (art. 1336, IV, do Código Civil). Pode-se até mesmo avaliar aplicação de multa ou início de processo judicial, se não houver uma reação positiva do condômino em solucionar o problema”, argumenta ele.
O controle físico das pragas também é importante para que o serviço fique a contento.
A caixa de gordura do condomínio não pode estar com a tampa quebrada, assim como paredes não devem apresentar rachaduras ou fissuras.
Os ralos, por sua vez, devem estar sempre tampados. Esse tipo de informação também deve ser oferecido pelas prestadoras de serviço.
garantia de no mínimo 30 dias oferecem uma cobertura maior, que varia de três a seis meses. Algumas inclusive aceitam ser acionadas caso ratos morram nas áreas comuns do condomínio, para fazer a remoção do animal.
O condomínio também deve levar em consideração as recomendações da empresa.
eliminar os 4 “As” para que o controle seja mais efetivo e duradouro: água, abrigo, alimento e acesso. Não adianta fazermos todo um cuidado e as latas de lixos estarem destampadas, as tampas das caixas de esgoto rachadas, não haver telas se há muita infestação de cupins, por exemplo. Para se fazer um controle de pragas efetivo, deve haver também boas condições no condomínio”, assinala Anderson Aparecido de Jesus, do departamento operacional da dedetizadora Jupiter.
Fontes consultadas: Aparecido Gonçalves de Jesus (Júpiter), Cristiano Almeida (Roma), Rodrigo Karpat (advogado), Sergio Bocalini (Aprag), Geraldo Bernardes (Secovi-SP), Davidson Gula (Aprag), Luiz Henrique Alves (Império), Karine Prisco, síndica profissional, André Luiz Junqueira, advogado especializado em condomínios