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Roberto Viegas

No condomínio, o que parece óbvio deve ser dito

Respeito às pessoas e normas precisam ser estimuladas pelo síndico. Confira 8 dicas que parecem óbvias para você, mas o vizinho pode ter esquecido

05/10/23 01:07 - Atualizado há 7 meses
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Duas mulheres conversando. Uma de costas com camisa branca e cabelo branco e outra de camisa azul marinho
A cultura da paz e da boa convivência em condomínios precisa ser semeada para o síndico ter tranquilidade na gestão
iStock

Em geral, nos acostumamos a cometer um erro comum quando deixamos de abordar uma informação importante por acreditar que todos a quem falamos já conhecem bem o assunto e, por isso, nem precisam ser lembrados dele. Na relação entre pessoas, muitos têm a expectativa de que, nesse momento, entre em ação o senso comum, o bom senso, os usos e costumes ou o comportamento social. 

Na verdade, um conjunto de regras busca viabilizar a caótica relação das pessoas em todos os ambientes por elas frequentados. Os aspectos mais relevantes dessas relações são tratados através de leis; outros são temas de regulamentos específicos de determinados grupos ou associações e os demais se tornaram uma prática comum, quase óbvios.

O citado erro comum também ocorre na vida em condomínio, hoje solução de moradia para milhões de brasileiros, entre eles um número cada vez maior de pessoas e famílias que recebem as chaves do seu primeiro imóvel adquirido na planta e experimentam o compartilhamento de ambientes e o aprendizado da convivência coletiva.

Por isso, por mais que pareça óbvio, pregar a cultura do respeito às pessoas e às regras do condomínio é necessário. Estimular o diálogo e a tolerância entre todos também é igualmente importante, para enfrentar com maior leveza os desafios que o condomínio reserva.

Assim, no uso do elevador, por exemplo, nunca será demais reforçar que, antes de subir, é necessário dar preferência para quem vai descer; que nunca se deve reter o elevador para uso exclusivo e que, como regra de boa convivência, não custa nada cumprimentar (ao menos com “um bom dia”) as demais pessoas que estejam na mesma viagem. 

As leis, regras e regulamentos que tratam da vida em condomínio foram criadas para que houvesse o melhor equilíbrio possível nas relações entre condôminos e para demonstrar que os deveres são tão importantes quanto os direitos no uso do imóvel de cada um e das áreas comuns.

Isso se evidencia quando há barulho excessivo à noite, obras podem afetar a estrutura da edificação e cenas explícitas de desrespeito ao ser humano.

Por vezes, o comportamento de alguns condôminos nos faz pensar até que em determinados condomínios as leis que regem a vida dos cidadãos no mundo externo não valham para aquele ambiente com muros altos e cerca elétrica.

É o que mostram as notícias pelo Brasil em que condôminos, síndicos e funcionários de condomínios estão sob ataque, atingidos por ofensas verbais (pessoalmente e em redes sociais), ameaças, atos de discriminação, agressões físicas e tantas outras situações que por vezes se convertem em crimes contra a vida ou contra a honra das pessoas (calúnia, injúria ou difamação).

É preciso semear em todos os condomínios, em especial nos que estão sendo entregues e implantados, a cultura da paz e da boa convivência, situação que resumo em oito pontos:

  1. Conviva bem com os vizinhos: Sempre que tiver alguma dificuldade com um vizinho, procure conversar com ele e busque resolver amigavelmente;
  2. Respeite os direitos dos outros: Não use as áreas e os equipamentos coletivos de forma sistematicamente abusiva, como se fossem só seus;
  3. Esteja aberto a colaborar: A cooperação e o trabalho em equipe são fundamentais para construir uma convivência harmônica entre as pessoas;
  4. Seja prático na solução de problemas: Trate do que precisa ser resolvido, falando com clareza e respeito. É melhor do que apenas buscar culpados;
  5. Oriente as crianças e adolescentes: O bom exemplo dos adultos e o diálogo contribuem para que eles também convivam bem e preservem o patrimônio; 
  6. Cuide bem de quem cuida de você: Respeite e valorize os funcionários do condomínio, que zelam pela sua segurança, conforto e bem-estar;
  7. Dê sugestões; reclame menos: Faça observações ao síndico que possam melhorar a vida em condomínio, ouças explicações e cobre resultados;
  8. 8 – Não à violência: Denuncie qualquer tipo de violência, em especial contra crianças, mulheres, idosos e pessoas com necessidades especiais.

O síndico, a administradora e o conselho devem reiterar entre os condôminos as recomendações para a boa convivência em condomínio, com respeito às regras e às pessoas.

Do contrário, quando surgir o primeiro caso de cada uma das inúmeras situações de conflito, que são previsíveis em condomínio, a resposta e a reação das pessoas poderão determinar graves problemas de relacionamento e até impacto na valorização do patrimônio.  Por isso, no condomínio, o que parece óbvio tem de ser dito.

(*) Roberto Viegas é jornalista e palestrante especialista em mercado imobiliário e condomínios. Como diretor de Assuntos Corporativos, realizou mais de 200 implantações de condomínio pelo Brasil numa das maiores incorporadoras do País, onde foi responsável pelo relacionamento com clientes e pela seleção de administradoras de condomínio e de síndicos profissionais. Também é apresentador do videocast Vemmorar.br, no YouTube. E-mail: roberto.viegas@3rgt.com.br

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