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Mercado

Superstição em NY

80% dos prédios da cidade não tem décimo terceiro andar

terça-feira, 11 de junho de 2013
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 Oito em cada dez edifícios em Nova York não têm 13º andar

Se engana quem pensa que em NY sempre prevalecem a razão e a lógica, tão valorizadas pelo americano. O nova iorquino é também muito supersticioso.
 
Em Nova York, o tradicional e o novo disputam espaço em um cenário que atrai gente de todo mundo e de todo tipo. Um lugar de pessoas práticas, modernas, que não perdem tempo.
 
Mas se engana quem pensa que lá sempre prevalecem a razão e a lógica, tão valorizadas pelo americano. O nova iorquino é também muito, muito supersticioso. A começar pela escolha do lugar onde mora: poucos se arriscam a alugar ou a comprar um apartamento no 13º andar.
 
A maioria lá realmente acredita que o número 13 seja amaldiçoado. Jonathan Miller que trabalha há 20 anos no mercado imobiliário americano, diz que, por causa disso, 85% dos prédios da cidade simplesmente pulam do 12º para o 14º andar. Muitos elevadores já saem da fábrica sem o botão do número 13.
 
“Em alguns prédios o 13º andar é chamado de 12ºA. Só para não ter o número 13 no painel. A superstição existe há mais de cem anos em Nova York. No século XIX, já existia tecnologia pra construção de prédios maiores, mas ninguém fazia edifícios com mais de 12 andares para não atrair nada negativo. Até que se chegou ao consenso de que os prédios poderiam ter mais de 13 andares, desde que o décimo 13º fosse disfarçado”, conta Jonathan Miller, consultor imobiliário.
 
Em NY, é como se o "13" nunca tivesse existido. Mas porque essa implicância com o número?
 
Há várias explicações. Uma das mais conhecidas é que no dia da última ceia de Cristo, havia 13 pessoas: ele e os 12 apóstolos Judas Iscariotes, que traiu Jesus, foi o 13º convidado a se sentar à mesa
 
E quando se trata de mercado imobiliário, mesmo que a pessoa não seja supersticiosa, ainda assim é bom ficar longe do número 13. Como muita gente acha que esse número traz azar, acaba sendo mais difícil vender o imóvel. Ou seja, o número 13 em Nova York pode trazer má sorte até para os que não estão nem aí pra essa superstição.
 
“Pra quem precisa vender um apartamento no 13º andar é sem dúvida um problema. Eu não acredito em superstição, mas diz que ela tem impacto no mercado e nesse contexto, a crença das pessoas acaba fazendo parte do negócio”, diz Jonathan.
 
Matthew Hutson estuda o assunto há seis anos e escreveu um livro sobre o tema. Ele diz: ‘superstição não tem nada a ver com inteligência ou nível social’. O pesquisador diz que em alguns casos, as crendices, sem exageros, podem até ajudar a melhorar a nossa saúde.
 
“Se você se sente com sorte isso vai melhorar a sua autoconfiança. A ansiedade e a tensão diminuem e isso tem efeitos positivos sobre a pressão sanguínea, sobre a saúde. Além disso, ter mais confiança aumenta as chances de a pessoa ter sucesso no que ela faz. Um experimento mostrou claramente isso: um grupo de pessoas foi dividido em dois times. Cada uma dos jogadores tinha direito a fazer dez tacadas. Para um dos grupos, foi informado que as bolas de golfe que elas receberiam eram bolas da sorte. E esses jogadores acertaram 35% mais tacadas que os do outro time, que tinham, digamos, a bola normal. Então, só o fato de você se sentir com sorte já pode melhorar o seu desempenho”, afirma Matthew.
 
E, para alguns, ter ou não sorte na vida pode depender de pequenos detalhes do dia a dia. Por exemplo, chegar em casa e deixar a chave em qualquer lugar, menos na mesa de jantar.
“Isso nem pensar”, diz a assistente de mercado financeiro Jane Osipova. Para ela, é azar na certa. “Me considero uma pessoa pouco supersticiosa, mas pra mim já se tornou automático, só de ver uma chave em cima de mesa fico desconfortável”, conta ela.
 
Voltar para o apartamento porque esqueceu alguma coisa também não é um bom sinal. Quando isso acontece, antes de sair de novo, Jane olha para o espelho para cortar o mau agouro. Arranjo de flores? Também é preciso tomar cuidado.
 
“Tem que ter número impar de flores”, diz ela. “Números pares são números da morte. Se você for a um cemitério, leve números pares de flores, porque uma é do morto e a outra de Deus. Para os vivos não, o buquê tem que ter número impar. Uma vez, um rapaz que eu estava namorando me deu quatro flores e eu fiquei em choque”, completa.
 
Costumes que vêm desde a bisavó de Jane, que vivia na Rússia. Ela colocava panos sobre espelhos e vidros, para que eles não refletissem a alma de pessoas que já partiram. Crenças antigas para evitar a má sorte.
 
Algumas pessoas também desenvolvem rituais próprios para afastar o azar. É o caso de um grupo, que se apresenta oito vezes por semana, num show que tem feito muito sucesso em Nova York. E até agora, pelo menos, essa espécie de "cerimônia da sorte" tem dado certo para o elenco.
 
Antes de cada espetáculo eles foram uma roda e cantam um mantra.
 
“Todos os dias fazemos isso”, diz Dusty Giamanco, um dos atores. “Isso junta as nossas energias e ajuda a projetar coisas boas para a noite”, acrescenta.
 
O ator Alvaro Colom diz que, para ele, o ritual ajuda a manter o foco no show, que até agora não teve nenhum acidente.
 
Na hora de se vestir, nenhuma peça amarela. Assoviar no teatro também não pode.
 
“Muitas dessas superstições vieram dos marinheiros”, diz Liam Lane. “Para eles assoviar em alto mar traria má sorte porque o barulho poderia atrair fantasmas. Não acredito nisso, mas confesso que não gosto de passar debaixo de uma escada”, completa.
 
E num show como este realmente não é bom dar sopa para o azar. Em várias cenas os atores são presos por cabos. E o que eles fazem, digamos que mesmo não sendo supersticioso não custa nada dar um empurrãozinho para sorte.

Fonte: http://g1.globo.com/

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