Novas demandas
Millennials têm pedidos diferentes para seus imóveis
Os edifícios tradicionais estão com os dias contados
Tendências como Internet das Coisas, coworking e compartilhamento de serviços estão mudando o setor de construc¸a~o
Até pouco tempo, quem ia comprar um imóvel se preocupava basicamente com a localizac¸a~o do apartamento, área e serviços disponíveis na região. Porém, os consumidores brasileiros têm mudado seu perfil e necessidades nos últimos anos.
Quer um exemplo? Segundo uma pesquisa feita pelo Google, a porcentagem de brasileiros que têm um smartphone saltou de 12% em 2012 para 64%. O motivo? Queremos cada vez mais estar conectados.
Os millennials (grupo de pessoas nascidas entre a de´cada de 1980 e meados de 1990) esta~o mudando o mundo em va´rios aspectos, como o mercado de trabalho e o setor de consumo. Trata-se de uma gerac¸a~o com um grande poder de compra, estimado em US$ 2,45 trilho~es, e que questiona, rompe barreiras, quer inovac¸a~o.
E como isso se reflete em nossos lares? Infraestrutura para internet rápida, por exemplo, passou a ser uma preocupação de muitos compradores. Termos como “link dedicado” e “fibra óptica” já não são mais coisa só de geeks. De maneira geral, os moradores querem desfrutar das novas tecnologias e também dos avanços que as novas gerações incorporam ao jeito de morar, trabalhar e interagir com sua cidade.
A tecnologia já permite levar a internet de alta velocidade (pelo menos nos grandes centros) aos lares brasileiros e começa a viabilizar a chamada Internet das Coisas, tende^ncia que conecta à grande rede mundial itens como o sistema de câmeras da minha casa, o ar condicionado, a iluminação dos ambientes e até a banheira.
Carros ecologicamente corretos, movidos a eletricidade, começam a ganhar espaço nas ruas. Com isso, sistemas para o carregamento das baterias desses veículos nas garagens dos edifícios, já presentes em lançamentos em prédios em cidades como São Paulo, por exemplo, passam a ser itens necessários.
Dentro desse espírito da nova geração de consumidores, o conceito de compartilhamento também mostra força. Os espaços de coworking, nos quais pessoas de várias empresas compartilham a estrutura física e serviços, já podem ser vistos também em prédios residenciais. Afinal, a mobilidade urbana, em tempos de trânsito frequentemente congestionado, é algo que impacta fortemente a qualidade de vida das pessoas. Vai deixar o carro em casa e andar de bicicleta? Em alguns prédios, nem é mais preciso ter uma. Novos edifi´cios já contam também com sistema de bike sharing.
Para controlar esses serviços, nada mais justo que utilizar um smartphone, certo? Como ele está sempre conosco, a ideia de ter um aplicativo para controlar também os serviços ligados à residência faz todo o sentido. Assim, apps como o Compass (em fase de desenvolvimento) incluem recursos para liberar o acesso de visitantes, chamar prestadores como personal trainer ou faxineira e conectam os moradores em uma rede social interna, entre outras funções.
O mundo está mudando em um ritmo acelerado. E os prédios residenciais também precisam captar essa inovac¸a~o. Os lançamentos de condomínios tradicionais, que não incorporam esse novo jeito de viver, estão com os dias contados…
Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br