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Segurança

Segurança no condomínio

Veja como um profissional pode modificar seu condomínio

terça-feira, 10 de janeiro de 2017
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Segurança em Condomínios

Vive-se em condomínios por alguns motivos, mas há algum tempo que o principal destes motivos é a segurança.

É muito caro para uma casa particular fazer um projeto de segurança, uma correta análise de risco, instalar todo o aparato necessário, seja ele eletrônico (câmeras, cercas, IVAs, etc), civil (eclusas, guaritas blindadas, etc) e ainda dispor de uma pessoa para controlar o fluxo de entrada e saída da casa, seja esta pessoa um controlador de acesso, um porteiro, ou um vigilante.

Este é o principal motivo de se viver em um condomínio, mas qual a nossa realidade atual?

Condomínios têm sido mais e mais, vítimas da criminalidade, e porque isto tem acontecido?

O condomínio passou a ser um alvo muito interessante para o bandido, visto que em um condomínio temos um grande acúmulo de riquezas, com um risco relativamente pequeno ao bandido.

Ao lermos matérias de assaltos em condomínios podemos verificar que em muitos casos os bandidos se evadem com um “lucro” de dezenas de milhares de reais, lucro este em Reais, dólares, relógios, joias, ou seja, quase sempre em produtos pequenos, leves e fáceis de serem transformados em dinheiro.

Como curiosidade, percebemos que na maioria dos casos os bandidos não querem mais levar celulares, tablets, laptops, pois não querem deixar rastros, não querem correr o risco de serem encontrados devido às novas tecnologias.

Nas mesmas matérias, muito poucas vezes os bandidos correram risco, foram pegos, presos, ou seja, a relação Risco X Lucro está muito positiva para eles.

Ao olharmos para cidades hoje e há muitos anos, podemos perceber que estas cidades até “enfeiaram”, antigamente havia um grande jardim a frente dos prédios, bonito, bem cuidado e sem ao menos uma cerca, um muro, e lá na entrada do prédio um porteiro com um simples interfone, isto nos prédios que possuíam porteiros. 

Hoje vemos verdadeiras “prisões”, prédios com muros altos, com cercas eletrificadas, concertinas sobre os muros (nome bonito para uma nova modalidade de arame farpado), guaritas blindadas,  passa- documentos, um número absurdo de câmeras, etc.).

Vemos porteiros, vigilantes, “seguranças” fora dos prédios, com grandes ombrelones (mais uma vez, nome bonito para um guarda sol gigante e feio).

Tudo isso foi sendo implantado em nossas cidades, em nossa nova arquitetura, visando inibir a ação dos bandidos. Mas vale a reflexão, está funcionando? Não há mais esta modalidade de crime?

Responder que não funciona seria muito simplista, sim, funciona, mas não como esperávamos, obviamente toda esta parafernália dificulta a ação do bandido, ele procura outros alvos, mas quando decide que este condomínio é o alvo, ele age, e infelizmente quase sempre com sucesso.

O bandido que está assaltando, fazendo arrastões em condomínios é um bandido inteligente, preparado, e sabe o que está fazendo.

Então, o que nos resta fazer? Apenas assistir e torcer para não sermos o próximo alvo, pois se pensarmos em São Paulo por exemplo, uma mega metrópole, pensando em estatística, são realmente muito poucos os casos de assaltos a condomínios. Quantos, 20, 30, até 40 por ano, isto é apenas 0,2% pois temos aproximadamente 20.000 condomínios em São Paulo.

Mas não podemos pensar assim, não queremos ser parte desta estatística, então o que fazer?

Precisamos entender o bandido, sua mentalidade, sua metodologia, para tanto necessitamos do auxílio de um estudioso, um especialista, alguém que esteja preparado, pois já vimos que o “achometro” não nos ajudará, pelo contrário, nos fará gastar mais muitas vezes e com mais risco.

Temos aqui algumas etapas importantes a ver

  1. Fazer uma análise de risco do condomínio
  2. Análise física
  3. Análise tecnológica
  4. Analise situacional- localização, criminalidade na região, etc
  5. Análise de normas e procedimentos ligados a segurança
  6. Através da análise acima, priorizar o que deve ser feito/implementado no condomínio
  7. Câmeras, alarmes, cercas, gravação das imagens, botões de pânico, pronta resposta, etc
  8. Blindagem de guaritas, eclusas, intertravamentos, passa volumes, etc
  9. Elaboração de normas e procedimentos

3) Após a definição do que será implantado, o que deverá ser trocado, adquirido, construído, e exatamente por todos estes temas, o correto é que quem fez todo este estudo não tenha nenhum outro interesse, seja totalmente imparcial, e não venda, não forneça nada

4) Após discussão e aprovação das normas e procedimentos, todos os funcionários devem ser submetidos a um treinamento sobre as referidas normas e há ainda a necessidade de uma palestra aos moradores sobre segurança.

Como já falamos, muitos prédios já se precaveram, com todos os implementos possíveis, mas continuam vítimas de quadrilhas especializadas, e por quê?

Devido ao fato que todos se esquecem que o fator mais importante é o fator humano, é o porteiro, o vigilante, e até o morador, que estes sim colocam o condomínio em constante risco.

Todos nós, quando vamos começar um trabalho, recebemos instruções sobre o mesmo, e instruções específicas para o nosso local de trabalho.

Mas nosso fator humano que é quem abre ou não o condomínio, não foi devidamente treinado para isso, cansamos de ver a famosa pergunta – Por que você deixou ele entrar, por que você deixou meu amigo fora do condomínio?, etc,etc, mas nunca este funcionário recebeu estas determinações por escrito - para que não paire dúvida alguma e para que possa oferecer o máximo de segurança ao condomínio.

O bandido é criativo, usa de engenharia social para entrar nos condomínios. Usa isso muito mais vezes do que usa a força para conseguir entrar e nos preocupamos mais com quem pula o muro, com quem rende um morador, um funcionário.

Certo, isso também pode ocorrer, mas em um número infinitamente menor de vezes que o de falso carteiro, falso técnico de TV a cabo, de banda larga, falso corretor, falso parente, amigo, ou até um bandido com um carro importado, igual ao de um morador que teve sua entrada liberada, pois é claro que “não deixarei o Doutor do lado de fora”.

Por este motivo o treinamento ainda não pode ser pontual, uma vez e pronto, o crime é criativo, o modus operandi está sempre mudando, portanto é de vital importância uma constante reciclagem de treinamentos.

É muito importante que os procedimentos sejam checados, que os funcionários sejam testados, onde se entende a constante necessidade de simulação, de tentativas de invasão para checar os procedimentos.

Ainda é importante ressaltar que nenhum profissional de segurança tem a verdade absoluta, e mais, que esta “verdade” está em constante mutação.

Também o crime está mudando, por conseguinte é importante estar ao lado de profissionais que constantemente estão se atualizando e ainda, que de tempo em tempo, atualizem e revisem as normas e procedimentos do condomínio.

Ou seja, todos os itens em negrito são ligados a parte humana, que é a mais importante e com ela bem preparada, aí reduziremos nosso risco drasticamente, mas lembro, ele nunca chega ao zero, não há segurança 100%.

Também temos gaps no fator humano da gestão da segurança do condomínio. Ela, 99% das vezes, fica a cargo do zelador que via de regra não é um especialista de segurança.

Em outros casos fica a cargo do síndico, que normalmente também não é um expert na área, e pior, não dispõe de tempo para se atentar a tudo que ocorre na segurança.

Faz-se necessário em um condomínio, um gestor, um responsável pela área de segurança, que como falamos no começo, é talvez o principal motivo de morarmos em condomínios.

Esta necessidade na prática não se dá apenas devido o mencionado fator humano, mas cansamos de ver muitos casos em que um condomínio foi vítima de uma ação criminosa e somente após esta ação, verificou-se que as câmeras não estavam gravando, que a cerca estava desligada, que o botão de pânico estava sem bateria, que os funcionários não sabiam as senhas e contrassenhas corretas e muitos outros motivos.

Infelizmente, estamos vivendo uma onda de violência que só está aumentando, e não podemos apenas depender das forças públicas.

Cabe a todo condomínio, todo síndico, seja ele próprio ou profissional, se preocupar em também profissionalizar a segurança de seu empreendimento, e atentem, muitas vezes quando nos preocupamos da maneira correta, muitas vezes nos surpreendemos e só aí enxergamos que podemos aumentar nosso nível de segurança, muitas vezes até diminuindo nossos custos.

Um profissional sério e competente pode conseguir diminuir muitas vezes o custo com mão de obra que foi superdimensionado, pode propor novas tecnologias melhores e mais baratas que as usadas atualmente pelo condomínio, e principalmente muitas vezes o benefício é até mais facilmente percebido pela valorização do empreendimento, do apartamento, do conjunto comercial.

Pense segurança, vale à pena

Nilton Migdal é consultor especializado em segurança em condomínios

 

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