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Convivência


Um ano do acidente aéreo

SP: Moradores de condomínio onde avião caiu tentam "seguir em frente"

sexta-feira, 8 de agosto de 2025
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Um ano após queda de avião, moradores de condomínio tentam esquecer tragédia

Vizinho de acidente em Vinhedo (SP) diz ter desenvolvido problemas de saúde e traumas relacionados ao barulho de aeronaves voando baixo

A vida das cerca de 150 pessoas que residem no condomínio Recanto Florido, em Vinhedo (a 75 km de São Paulo), mudou completamente em apenas 20 minutos após as 13h22 de 9 de agosto de 2024.

O local, conhecido pelo clima bucólico e pela rotina pacata, tornou-se o centro das atenções do país. Foi ali que ocorreu a queda do avião do voo 2283, da companhia aérea Voepass, matando as 62 pessoas a bordo.

Um ano depois da tragédia, os moradores na cidade do interior de São Paulo tentam esquecer o episódio e adotam uma postura de reclusão. A Folha voltou ao bairro em duas ocasiões na última semana, na segunda-feira (4) e na quarta (6). À medida que se aproximava a data do acidente, o silêncio entre os moradores se intensificava.

Dois moradores conversaram com a reportagem. Um deles relatou que desenvolveu problemas de saúde e traumas relacionados ao barulho de aviões voando baixo. No entanto, preferiu não seguir com a entrevista.

Na quarta-feira, os demais moradores também evitaram falar. Os poucos que passaram pela portaria do condomínio se mostraram avessos a dar entrevistas. Segundo o porteiro, essa postura tem se repetido em abordagens de outros veículos de imprensa.

O assunto se tornou um tabu inclusive entre vizinhos do residencial. Em três casas visitadas pela reportagem nos arredores do condomínio, os moradores afirmaram que a vida já voltou ao normal e que o acidente deixou de ocupar espaço no imaginário da comunidade.

Uma das lideranças da associação de moradores, Silvia Bongiovanni foi a única a se pronunciar oficialmente. Ela afirmou que todos tentam seguir em frente e preferem enxergar o episódio como "um incidente".

"Com esse um ano [desde a tragédia], a gente retoma um pouco daquele sentimento vivido na época, mas queremos seguir com normalidade. Não queremos que se pense que existe um clima sombrio aqui. Temos plena consciência do que aconteceu, sentimos a dor dos familiares — e nós mesmos somos vítimas disso. Mas tudo na vida tem fase", disse.

Silvia é esposa de Eduardo Borges, que falou à Folha em 14 de agosto do ano passado. Na ocasião, ele contou que deixou São Paulo em busca de uma vida mais tranquila no interior, mas se viu no meio de uma tragédia de grandes proporções.

Em várias mensagens à reportagem, Silvia declarou que "há pouco a se dizer sobre o assunto" e destacou que "cada morador lidou com o trauma à sua maneira, mas o desejo comum é por sossego".

A Prefeitura de Vinhedo, em nota, informou que ofereceu suporte psicológico a todos os moradores que buscaram ajuda após o acidente. A administração também criou um comitê de apoio às famílias das vítimas e afirmou que segue à disposição dos moradores do Recanto Florido.

A cidade realiza neste sábado (9) uma cerimônia em memória das 62 vítimas do acidente. O evento será organizado pela associação de familiares.

Relembre o caso

O voo 2283 da Voepass caiu em Vinhedo após decolar de Cascavel (PR) com destino ao aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. A aeronave despencou em queda livre, girando no ar, até atingir a área de uma casa no interior do condomínio Recanto Florido.

A tragédia foi o acidente aéreo mais letal no Brasil desde 2007, quando o voo 3054 da TAM, em Congonhas, deixou 199 mortos. Também figura entre os dez piores desastres aéreos da história do país.

A Folha foi um dos primeiros veículos a chegar ao local, por volta das 13h50 daquele dia. A cena lembrava uma operação policial, com chuva fina, clima nublado e tensão no ar.

A rua de acesso ao condomínio havia sido bloqueada pela Guarda Municipal de Vinhedo, e dezenas de viaturas da Polícia Militar formavam uma fila ao longo dos cerca de 500 metros que separavam a entrada da via até a portaria. Apenas moradores, jornalistas e autoridades tinham permissão para entrar.

No início, acreditava-se que o acidente envolvia um avião de pequeno porte. Dezenas de jornalistas se aglomeravam na entrada do condomínio, enquanto mais veículos de imprensa chegavam. A confirmação oficial de que 62 pessoas estavam a bordo e nenhuma havia sobrevivido veio por volta das 14h, segundo o Corpo de Bombeiros.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/08/um-ano-apos-queda-de-aviao-moradores-de-condominio-tentam-esquecer-tragedia.shtml

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