O bom uso das áreas comuns
Nesta época de férias, em que os moradores passam a usar com mais frequência as áreas comuns, problemas que passavam despercebidos podem começar a chamar a atenção dos condôminos. A consequência é que o diagnóstico pode chegar tarde demais. Não adianta descobrir que as pastilhas do fundo da piscina estão soltas justamente no período em que as pessoas mais aproveitam para nadar.
O cenário que se desenha frente a essa situação é óbvio: moradores reclamando para o síndico e exigindo providências.
Há como evitar esse desconforto. No início de cada ano, os síndicos podem fazer um plano de reformas, que será cumprido ao longo dos meses seguintes. O ideal é que sejam provisionados recursos para as diversas áreas de lazer e ir realizando as reformas durante os meses mais frios, quando o uso das áreas de entretenimento - piscinas, quadras e academia - é menos intenso.
Assim, quando as férias se aproximam, é bom checar a situação dos aparelhos e dos pisos da academia, a conservação das quadras de esportes, o estado da brinquedoteca e do playground. Problemas pequenos, como um simples descolamento do piso emborrachado ou uma grande quantidade de brinquedos quebrados, podem ser resolvidos com rapidez e sem custo elevado.
Ainda que o síndico tenha promovido corretamente reformas preventivas e corretivas ao longo do ano, problemas de outra ordem podem surgir quando o assunto é a preservação da área comum: comportamental, por exemplo. Com os empreendimentos oferecendo segurança aos moradores, os pais sentem-se mais protegidos para deixar seus filhos livres pelos espaços que o prédio oferece. Na prática, muitos acabam ""terceirizando"" as crianças para o condomínio. Resultado: jovens promovendo festas não autorizadas, barulho, consumo de bebidas alcoólicas, gente falando palavrão e incomodando os demais, entre outros.
Chegando tais fatos aos ouvidos do síndico, cabe-lhe notificar os responsáveis para que tomem providências. Se estes se mantiverem alheios aos problemas e o mau comportamento persistir, compete ao síndico acionar a Polícia Militar.
Um respaldo importante para contornar situações dessa natureza pode ser encontrado nas regras de uso das áreas comuns. Elas devem prever, da forma mais clara possível, o que é permitido ou e o que é proibido fazer nesses espaços. Procedendo assim, ninguém poderá infringir as normas alegando desconhecê-las.
Outro ponto que merece atenção diz respeito ao uso dos equipamentos de lazer pelos visitantes. O bom senso deve prevalecer. Ninguém irá proibir uma criança pequena, que esteja com um familiar, de usar a brinquedoteca - o que é bem diferente de um filho de um condômino chamar os colegas da escola para usar a sala de ginástica.
Mais: visitantes não devem frequentar a piscina. Caso se inicie a condescender com tais práticas, o risco de o condomínio se transformar num clube é iminente. E vale lembrar: quem custeia as manutenções das áreas comuns são todos os moradores, o que exige ainda mais esmero por parte do síndico no momento de abrir ou não exceções.
Os espaços das áreas comuns também são propícios à criação de oportunidades para melhorar a convivência entre os condôminos. Promover eventos com os moradores, viabilizar ocasiões para que se conheçam melhor e possibilitar que o entrosamento entre vizinhos seja incentivado são ações para lá de válidas.
Como exemplo, podemos citar confraternização de fim de ano, amigo secreto, etc. Envolver as crianças nas atividades de decoração desses ambientes também é uma forma de integrá-las mais ao cotidiano da vida em comunidade.
Como se percebe, iniciativas simples podem evitar uma transtornos, desde que adotadas com a devida antecedência, o adequado planejamento e o indispensável bom senso.
Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/
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