Alerta ignorado
Hong Kong: moradores alertaram risco de incêndio que matou 128
Residentes do conjunto habitacional Wang Fuk Court alertaram autoridades sobre possíveis riscos de incêndio relacionados às obras de renovação em andamento no local. O Departamento do Trabalho de Hong Kong confirmou a informação nesta sexta-feira (28). O incêndio já causou 128 mortes e deixou aproximadamente 200 pessoas desaparecidas.
Os moradores manifestaram preocupações em setembro de 2024 sobre a inflamabilidade da tela verde utilizada para cobrir os andaimes de bambu instalados ao redor dos edifícios. As autoridades, após revisarem a certificação de segurança da tela, classificaram o risco como "relativamente baixo".
A empresa Prestige, responsável pelas obras, havia conseguido um contrato de US$ 42,4 milhões para reformar o complexo em janeiro de 2024. A polícia local informou que as paredes externas dos prédios "possuíam redes, membranas, lonas impermeáveis e folhas plásticas suspeitas de não atender aos padrões de segurança contra incêndio". Três pessoas ligadas à empreiteira foram detidas sob suspeita de homicídio culposo.
Nessa segunda-feira (1°), o governo de Hong Kong afirmou que 13 pessoas foram presas até o momento por suspeitas de ligação com o incêndio ao condomínio de arranhas-céus que deixou 151 mortos na última quarta-feira (26).
Na última quinta-feira (27), a polícia realizou buscas no escritório da Prestige Construction & Engineering Company, que era responsável pelas reformas no complexo de torres. Segundo a mídia local, a polícia apreendeu caixas de documentos como provas. Até a última atualização desta reportagem, não se sabia se todos os detidos tinham relação com a construtora.
O incêndio começou às 15h no horário local. As chamas tomaram os andaimes em cinco minutos, invadiram o interior do primeiro prédio e se espalharam para outras torres. Em quatro horas, sete das oito torres de 32 andares estavam em chamas.
Cerca de 4.600 moradores foram evacuados e encaminhados para abrigos temporários. A fumaça densa dificultou o acesso das equipes de resgate aos andares superiores durante o combate ao fogo.
O Departamento do Trabalho realizou 16 inspeções de segurança no local entre julho de 2024 e novembro de 2025. A agência emitiu seis notificações de melhoria para a empreiteira e iniciou três processos judiciais.
Em outubro de 2025, a administração informou ao comitê de moradores sobre itens que precisavam de reparo, incluindo equipamentos de combate a incêndio. Em julho deste ano, foi relatado que "algumas mangueiras dentro dos reservatórios de incêndio apresentavam sinais de desgaste e corrosão durante o trabalho de impermeabilização".
O comitê expressou preocupação em novembro de 2024 de que a quantidade de painéis solares nos telhados "poderia violar regulamentos de segurança contra incêndio".
A causa exata do incêndio ainda não foi determinada. O chefe de Segurança, Chris Tang, confirmou que os alarmes de incêndio do complexo não funcionavam adequadamente. Segundo Tang, foram realizados testes em 120 amostras do material das telas de proteção e sete delas não estavam dentro dos requisitos de resistência ao fogo. A polícia afirmou que "reunirá evidências e conduzirá uma investigação completa para determinar a causa do incêndio" após a extinção total das chamas.
Na última sexta (28), os bombeiros concluíram o combate ao fogo. Por conta das proporções que tomou, engolindo sete torres de 31 andares do condomínio de prédios, o incêndio se tornou o mais mortal em Hong Kong em três décadas.
O professor Jiang Liming, da Universidade Politécnica de Hong Kong, comparou o incidente ao da Grenfell Tower em Londres, ocorrido em 2017. "É um mecanismo de propagação do fogo muito similar: da fachada, o fogo entrou nos apartamentos", explicou.
As doações para os sobreviventes atingiram 900 milhões de dólares de Hong Kong, o que equivale a R$ 618 milhões. Segundo as autoridades, um fluxo constante de pessoas depositava flores, cartões e homenagens em um memorial improvisado perto do bloco de edifícios destruídos.
O complexo, localizado no distrito de Tai Po, possui cerca de dois mil apartamentos e abriga cerca de 4,6 mil moradores, segundo um censo realizado pelo governo em 2021. Cada uma das oito torres tem mais de 30 andares.
Quais são as medidas de combate à incêndios para condomínios com muitas torres?*
Vamos abordar as medidas de combate a incêndios em condomínios com múltiplas torres, que são essenciais para garantir a segurança dos moradores e a conformidade legal. Aqui estão os principais pontos a serem considerados:
Medidas Básicas de Segurança Contra Incêndios
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Equipamentos Essenciais: Condomínios com mais de 150 m² e acima de 12 metros de altura devem estar equipados com:
- ✅ Iluminação de emergência
- ✅ Extintores: Devem cobrir uma área máxima de 500 m², com alcance de até 25 metros por pessoa.
- ✅ Hidrantes e Alarmes: Importantes para alerta e combate imediato.
- ✅ Escadas de segurança e portas corta-fogo: Especialmente em construções posteriores a 1983. Mais informações aqui.
Formação de Brigadas de Incêndio
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Brigada de Incêndio: É obrigatória em prédios com mais de 100 pessoas desde 2011, com responsabilidade por atuar em princípios de incêndio e primeiros socorros.
- 📌 Treinamento Regular: É crucial treinar moradores e funcionários regularmente para garantir resposta eficaz em emergências. Saiba mais sobre como formar brigadas.
Manutenção e Monitoramento
- Verificação de Equipamentos: Certifique-se de que extintores estejam visíveis, válidos e fáceis de acessar.
- Fiscalização e Conformidade: Normas técnicas precisam ser seguidas, como a Norma de Procedimento Técnica 17 do Corpo de Bombeiros do Paraná.
- Portas Corta-Fogo e Escadas de Emergência: Devem ser mantidas em estado ideal, com corrimões e sinalização apropriada.
Educação e Comunicação
- Conscientização dos Moradores: Promover educação sobre prevenção de incêndios e segurança dentro das unidades e áreas comuns.
- Mapas de Saída de Emergência: Disponíveis e visíveis em todos os andares para orientar evacuações.
- Acionamento de Alarmes: Sistemas de alarme devem ser bem mantidos e testados regularmente.
Sugestão Prática
- Revisar Regularmente: Faça auditorias frequentes da infraestrutura contra incêndios e ajuste conforme necessário.
- Comunicar e Treinar: Garanta que todos os moradores estejam cientes dos procedimentos e participem dos treinamentos.
- Consulta a Especialistas: Considere contratar serviços especializados para auditoria e formação de brigadas de incêndio.
Manter um condomínio seguro é uma responsabilidade contínua que envolve preparação e prevenção. Essas medidas podem ser determinantes para a segurança de todos os residentes.
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