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Artigos e opiniões


Jovens Disfarçados Burlam a Segurança de Condomínios. E eu com isso?

Invasões praticadas por jovens bem vestidos desafiam a segurança condominial. Saiba como síndicos e moradores podem reforçar os protocolos e evitar furtos

11/07/25 12:46 - Atualizado há 4 dias
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Ladrão furtando celular, tablet e relógio em um ambiente interno elegante, com destaque para objetos tecnológicos e decoração contemporânea
Jovens disfarçados entram facilmente em condomínios de luxo. Treinamento da portaria e protocolos rígidos são essenciais para evitar invasões
iStock

Nos últimos anos, tem crescido nos grandes centros urbanos um tipo de crime que exige atenção especial: invasões a condomínios residenciais praticadas por adolescentes. O recente caso do jovem de 17 anos que invadiu mais de 40 condomínios de luxo e conseguiu furtar R$ 30 milhões chamou a atenção do País, mas este tipo de crime não é de hoje.  

O modus operandi surpreende: eles se disfarçam com roupas de grife, adotam postura comportada e utilizam perfis sociais convincentes para ludibriar porteiros, moradores e sistemas de segurança, com o objetivo de praticar furtos em apartamentos.

Esses jovens criminosos se aproveitam da aparência “inofensiva” para entrar em áreas restritas, muitas vezes usando a engenheira social fingindo serem entregadores, parentes de moradores ou convidados de eventos no prédio entre outros disfarces.

O problema se agrava diante da fragilidade na aplicação dos protocolos de identificação, de falhas no controle de acesso e da prática indevida da 'carona', muitas vezes liberada por excesso de confiança dos próprios moradores ou pela distração da portaria — fatores que, somados, podem ser decisivos para o sucesso de uma invasão.

Como a segurança condominial pode agir?

A solução não está apenas em reforçar a vigilância, mas em revisar a doutrina operacional com base em três pilares:

  1. Treinamento contínuo da equipe de portaria e vigilância: Porteiros devem ser treinados para não confiar apenas em aparência ou discurso. Verificação ativa de identidade e confirmação com o morador devem ser práticas obrigatórias, mesmo em situações que pareçam “normais”.
  2. Tecnologia como aliada: Investir em controle de acesso com autenticação dupla (biometria + cadastro prévio), câmeras com reconhecimento facial e integração entre sistemas de entrada e monitoramento.
  3. Protocolos de triagem social e comportamental: A segurança deve ser capaz de perceber incoerências na linguagem corporal, atitude e nas justificativas do visitante — sinais sutis que podem indicar tentativa de invasão.

No que os planos e projetos condominiais podem melhorar?

Incorporadoras de empreendimentos imobiliários, administradoras e síndicos e seus conselhos precisam pensar SEMPRE no bem-estar e na segurança dos seus moradores e isso começa com o plano diretor, projeto e gestão de segurança. Algumas medidas preventivas incluem:

  • Acesso de pedestres com antecâmara de triagem, onde a entrada é liberada apenas após a checagem de identidade.
  • Separação física entre acesso social e serviço, separando a circulação livre de não moradores.
  • Implantação de catraca virtual nas clausuras, integrando leitura de reconhecimento facial, quantidade de pessoas no espaço e liberação automática do portão interno.
  • Monitoramento em tempo real com análise inteligente de comportamento, que identifica movimentações suspeitas em áreas externas ao condomínio.
  • Capacitação e doutrinação dos moradores para que colaborem e sigam as regras de convivência e segurança.
  • Definir o responsável da segurança condominial, que aplicará os processos de gestão de pessoas, dos ativos, do conhecimento, comunicação e operação e com auditoria rotineira.

Desafio na segurança condominial e violência urbana: distinguir reais ameaças 

As invasões cometidas por adolescentes disfarçados revelam uma nova camada complexa na segurança condominial e na violência urbana: o desafio de identificar e distinguir ameaça real daquela aparente normalidade.

Isso exige mudança de cultura nos condomínios, com processos de gestão de segurança dedicados, maior rigor nos acessos, profissionalização da segurança e integração entre tecnologia, arquitetura, pessoas e procedimentos.

Mais do que reagir a incidentes, o papel da segurança hoje é antecipar ameaças com inteligência e preparo.

(*) Eytan Magal é sócio fundador e diretor da ABSEG e certificado pela ASIS International (American Society for Industrial Security) como CPP (Certified Protection Professional), a maior certificação internacional de segurança. Atualmente é consultor Sênior de Segurança e Gestão. Israelense naturalizado brasileiro, serviu o exército israelense até a patente de Capitão no posto de subcomandante de batalhão de infantaria. Formado pelos órgãos de segurança de Israel, chefiou a segurança de entidades diplomáticas na Bolívia e Brasil. Possui diversos cursos na área de segurança empresarial e gestão de pessoas no Brasil e no exterior. Atuou por 17 anos como gestor da Segurança Pessoal e Empresarial do Grupo Suzano.

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