Condomínios do PAR, em SP, sofrem com a falta de manutenção
quinta-feira, 28 de março de 2013
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Moradores de condomínios em SP reclamam da administração do PAR
Moradias fazem parte do Programa de Arrendamento Residencial, da Caixa. Márcio Rachkorsky tira dúvidas sobre o assunto no SPTV.
Moradores de condomínios de São Paulo e da região metropolitana que fazem parte do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), da Caixa Econômica Federal, reclamam do descaso com a manutenção e administração dos apartamentos onde moram. Criado em 2001, o programa constrói moradias mais baratas com mensalidades que podem ser pagas por até 15 anos. Entretanto, segundo os condomínos, ninguém se responsabiliza pela manutenção.
O SPTV mostrou, no início deste mês, o drama de moradores de condomínios do PAR em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. Problemas com a segurança e manutenção do local são algumas dos problemas nos condomínios Sal da Terra 2 e 3. Na época, os prédios de cinco andares, com quatro apartamentos por andar, estavam sem mangueira de incêndio, licença dos bombeiros vencida e uma dívida de R$ 55 mil por atraso na conta de água.
Em nota, a Caixa Econômica Federal confirmou que o pagamento da água no Sal da Terra foi suspenso porque o valor estava muito alto. Ainda segundo a nota, os moradores não seriam prejudicados e a Sabesp tinha se comprometido com a Caixa que não vai cortar a água.
Em Guarulhos, na região metropolitana, os problemas se repetem nos condomínios Nova Petrópolis 1 e 2 e Itapajé. Moradores contam que pagam taxa de condomínio de R$ 140 e não têm melhorias. O Nova Petrópolis 1, construído há dez anos, nunca foi pintado e para piorar, segundo os moradores, as paredes e calçadas não são limpas há três anos.
O dinheiro é administrado por uma empresa escolhida pela Caixa através de licitação. “Já foi solicitado, já há algum tempo, mas parece que ignoram a palavra das pessoas que pagam direito”, conta o motorista Andrevaldo Souza.
Revoltados e preocupados com a segurança das crianças, alguns moradores se uniram e reformaram por conta própria um parquinho. Outros se arriscam tentando dar um jeito na tubulação de gás que não funciona.
O condomínio Nova Petrópolis 2, que é mantido pela mesma administradora, tem os mesmos problemas. “A gente gostaria que a Caixa Econômica tomasse providência, porque, afinal de contas, nós somos moradores de um empreendimento que ela fez. Se ela nos permitiu morar, tem que nos dar segurança”, diz a funcionária pública Anair Martins.
No condomínio Itapajé, os moradores estão inconformados com a falta de estrutura. Eles pagam R$ 117 por mês para a administradora. Já reclamaram com Caixa e, agora, aguardam uma solução.
“Somos condôminos, pagamos nossas dívidas, nossos impostos. Não estamos pedindo favor nenhum. Nós estamos pedindo o que é de direito”, afirma a funcionária pública Shirley Silveira.
Nesta terça-feira (26), a superintendente da Caixa Econômica Federal, Celi Mantovani, disse que o banco irá mudar a forma de administrar os condomínios e agora os moradores poderão participar das decisões do condomínio.
“Nos próximos 60 dias faremos uma mudança nessa gestão e vamos partir para uma gestão compartilhada. Desta forma, a Caixa acredita que com a participação das lideranças dos representantes dos condomínios, vamos ter esse problema muito minimizado e teremos uma nova fase em relação a gestão do PAR”.
O vice-presidente de Logística da Caixa Econômica Federal, Paulo Roberto dos Santos, disse que lamenta os problemas e reconhece a gravidade da situação. Ele afirmou que vai descredenciar as administradoras. Segundo Santos, num prazo curto, a situação vai melhorar para os moradores.
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