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Conteúdo para Administradoras

Mercado para condomínios: por que implantar?

Presença de minimercados em que o morador realiza o self-checkout — sem necessidade de sair de casa — tem feito dessa conveniência um fator determinante para valorização das unidades no setor imobiliário residencial

25/03/22 07:01 - Atualizado há 1 ano
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máquina de vendas com várias opções de comidas, como barras de cereais e salgadinhos
Valorização do condomínio se soma à praticidade que os minimercados trazem
Unplash

Conveniente, prático e proveitoso. Essas são as razões pelas quais o mercado para condomínios é, cada vez mais, parte da vida dos moradores, e virou um novo desafio para o dia a dia dos gestores.

É certo que eles já existiam em edifícios comerciais e condomínios de luxo, mas a pandemia de Covid-19 ajudou a impulsionar esse modelo de negócio para dentro dos condomínios residenciais padrão.

Segundo a Associação Brasileira de Franchising, no primeiro trimestre de 2021, houve uma alta de 10% na abertura de unidades pelo país na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No auge da pandemia, as idas ao mercado tradicional representavam um grande risco de se expor à doença. Os mercadinhos presentes nos condomínios foram essenciais para abastecer a despensa com itens de primeira necessidade ou emergenciais, reduzindo a quantidade de vezes em que os moradores precisam deixar a segurança de seus lares.

A comodidade passou, inclusive, a valorizar os imóveis. O diferencial é encarado como uma nova necessidade para quem está buscando um lar, na esteira das transformações que a Covid-19 trouxe para as preferências dos compradores.

"O mercadinho é um grande diferencial tanto para quem aluga quanto para quem compra um apartamento. Diminuímos absurdamente o número de apartamentos vagos para locação e vendas. Outras melhorias ajudaram, mas, com certeza, o mercadinho foi um grande marco e diferencial. Valorizou muito nosso prédio, os moradores adoram", afirma Karilene Gonçalves, síndica do Maison Place Etoile, na Chácara Inglesa, em São Paulo.

De acordo com a síndica Luciane Seballos, do condomínio Residencial Dez Vila Alpina, também na cidade de São Paulo, para os novos moradores o minimercado foi um fator decisivo na escolha do local como novo lar.

"Já escutei que um dos pontos positivos de vir morar aqui foi o mercadinho. Moradores que chegam de madrugada do serviço passam no mercadinho para fazer compra, horário em que tudo está fechado."

Como funciona o mercadinho em condomínio?

Para compreender o minimercado em condomínio, e como funciona, é possível fazer uma comparação com máquinas do tipo vending machine instaladas em estações de metrô e centros comerciais.

O mercadinho funciona 24 horas por dia. Ele conta com gôndolas, geladeiras e freezers e oferece alimentos perecíveis e não perecíveis, adega de vinho, itens de higiene e limpeza, entre outros.

O consumo de determinados produtos, como os refrigerados ou bebidas alcoólicas, dependem de liberação feita, geralmente, por meio de um aplicativo.

A forma de pagamento é variada. O cliente pode escolher se prefere usar o cartão (débito ou crédito) ou benefício do tipo vale alimentação. O pagamento via PIX também tem sido aceito para ampliar o leque de opções.

O tamanho do mercado vai depender do espaço livre e da demanda que o condomínio possui. A instalação é facilitada, feita em construções modulares que dispensam a ocorrência de obras no condomínio.

"O principal objetivo de instalarmos o minimercado em julho de 2021 foi facilitar o dia a dia do morador. O primeiro benefício é a questão da segurança e depois comodidade. O fato de ter o mercadinho no prédio é muito mais fácil de resolver a falta do produto em casa", comenta a síndica Karilene.

Já no condomínio Residencial Dez Vila Alpina, onde Luciane Seballos é síndica, a ausência de comércio local foi a motivação maior para instalar o mercadinho em janeiro de 2022.

"Decidi colocar o mercadinho pois aqui nas proximidades do condomínio não tem comércio. Acabei de fazer uma enquete com os moradores e eles gostam muito pela facilidade e comodidade. Em casos de emergência, ajuda muito", afirma a síndica.

No Maison Place Etoile, o minimercado oferece produtos não perecíveis, congelados, bebidas, bebidas alcoólicas, vinho (adega), alguns perecíveis como requeijão, queijo, salame, manteigas e também tem um freezer (comprado pelos condôminos!) com sorvetes.

As mais de 800 pessoas que usam mensalmente o minimercado do Residencial Dez Vila Alpina consomem de tudo um pouco: desde produtos básicos, sorvetes, bebidas, congelados, itens de panificação até comida para pets. Em enquete recente, o índice de aprovação foi de 95,70%. 

“Mercado"

Como funciona um mercado autônomo?

Totalmente autônomos, os mercados para condomínios são chamados de honest markets. O nome faz referência ao modelo de negócios inteligente, no qual o condômino/consumidor escolhe o que deseja, escaneia e realiza o self-checkout (autopagamento).

Não há a necessidade de haver um funcionário no local.

De forma geral, os condôminos respeitam as regras de uso e os casos de furto são raros. Quando ocorrem, as empresas possuem estratégias para lidar com a situação de forma pacífica.

"O mercadinho é monitorado pela própria empresa. Caso algum morador pegue algum item e não pague, eles me mandam o vídeo para identificar o morador e eu passo os contatos para ser feita a cobrança", explica a síndica Luciane Seballos. 

Como montar um mercado em condomínio?

É seu papel como administrador condominial descobrir como montar um minimercado em condomínio e sugerir essa opção para mudar a vida dos condôminos para melhor.

Para começar, é preciso fazer uma pesquisa prévia com os moradores sobre o interesse no serviço. "O índice de aprovação anterior à colocação era de 90% dos condôminos que votaram. Posteriormente a instalação do mercadinho, quem votou para não ter, usa frequentemente", afirma Karilene.

Tendo uma boa aceitação dos condôminos, estude quais são as empresas que oferecem o serviço de mercado para condomínios e abra uma cotação para apresentar em condôminos. Embora algumas gigantes, como Carrefour e AmPm, estejam investindo neste segmento, o mercado ainda é liderado por startups. Algumas delas são:

  • market4u;
  • Vendify;
  • Take and Go;
  • VendPerto;
  • SmartBreak;
  • Minha Quitandinha;
  • Nutricar.

Procure por aquelas que não vão gerar custos para o condomínio. A fim de se expandirem, algumas companhias têm dado períodos de teste gratuito ou arcado com as despesas de energia. 

No condomínio de Karilene, é revertido para o empreendimento 3% do total de compras ou R$ 200,00 (se não atingir este valor nas vendas). "É muito mais por comodidade e valorização do imóvel do que por qualquer valor que possa retornar ao condomínio. Os R$ 200,00 existem para ajudar na conta de luz e internet", explica.

É fundamental que, antes da instalação, a empresa faça uma visita ao condomínio para verificar qual é o equipamento ou modelo que melhor se adapta ao local.

É importante que o síndico convoque uma assembleia para deliberar sobre o assunto e também analisar as propostas em conjunto para a tomada de decisão pela coletividade, afinal um espaço comum será ocupado pelo minimercado, alterando a sua destinação.

Confira o que diz o advogado Rodrigo Karpat sobre o assunto:

Por fim, a contratação se conclui com os trâmites burocráticos exigidos por cada prestador de serviço.

Benfeitorias para o condomínio

Além da valorização patrimonial, redução no índice de imóveis desocupados, conveniência e comodidade para os moradores, os minimercados também podem gerar uma renda a ser revertida em benfeitorias no condomínio. 

É o que vem acontecendo no Residencial Dez Vila Alpina. "Utilizamos a renda para benfeitorias no condomínio. No mês de julho, contratamos recreadores para aplicar atividades lúdicas para as crianças nas férias, além de locação de brinquedos no último dia. Temos cerca de 100 crianças no condomínio", relata a síndica Luciane Seballos.  

Como abrir um minimercado em condomínio?

As empresas que oferecem o serviço de mercado para condomínios obtêm ganhos com a venda dos produtos comercializados para os moradores.

O serviço inclui, além da oferta de itens, o investimento nos equipamentos e na administração das operações, com o devido abastecimento, manutenção e limpeza das máquinas de vendas.

Em troca, o condomínio deve dispor de condições mínimas para a operacionalização, como:

  • Espaço mínimo para instalação;
  • Tomadas;
  • Conexão com Internet;
  • Monitoramento por câmeras.

A maioria dos fornecedores se responsabiliza por eventuais danos que o minimercado possa causar ao local, como problemas no piso ou às paredes, zerando os custos para os condôminos.

Quanto à variedade de itens, a depender do espaço e da demanda dos moradores, é possível instalar desde opções compactas, como geladeiras (parecidas com máquinas que vendem refrigerantes), até versões que se assemelham a lojas de conveniência ou a um minimercado, com carrinho de compras.

Se não houver espaço interno, a empresa pode oferecer como alternativa a instalação de um contêiner na área externa ou na garagem do condomínio.

Observadas as regras gerais presentes na convenção do empreendimento, a instalação do mercado para condomínios vai trazer satisfação aos condôminos e chega para ser mais um diferencial que vai destacar a atuação do gestor condominial.

Se você ficou interessado no assunto, cote agora o serviço de mercado para condomínios na sua cidade!

Fontes consultadas: Karilene Gonçalves (síndica), Luciane Seballos (síndica), conteúdo SíndicoNet.

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