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Administração

Administrando um megacondomínio

Síndico do Copan trabalha com números hercúleos e simplicidade

quinta-feira, 7 de abril de 2016
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Administrar um condomínio, sabemos, nunca é fácil. Mas que tal gerir um que conte com:

- mais de 1.600 unidades - cerca de 5 mil moradores e aproximadamente 100 funcionários - 72 lojas consolidadas - 22 mil m² só de área comum e 46 mil m² de fachada - 22 elevadores (sendo vinte comuns e dois exclusivos) - Com CEP próprio - E R$ 13 milhões no caixa do condomínio

Esse é o desafio, há mais de 22 anos, de Affonso Celso Prazeres de Oliveira, administrador, mais conhecido como o síndico (ou prefeito) do Copan, prédio-marco do centro de São Paulo, projetado pelo arquiteto brasileiro de maior prestígio de nossa história, Oscar Niemeyer.

Apesar da tarefa exigir dedicação integral, e exclusiva, como gosta de frisar, Affonso Celso não considera a sua gestão muito diferente das dos outros milhares de síndicos do país.

“O maior desafio é mesmo manter a paz aqui dentro. Aqui temos problemas comuns como todos os outros condomínios: cachorro que late demais, som alto, barulho de salto alto, esse tipo de coisa”, explica o gestor.

Características do bom síndico

Ele conta que a maior atribuição do síndico é saber ouvir.

“Já fiz separação de amigos, reunião de casais, aconselho com os problemas com os filhos. A gente acaba se aproximando das pessoas. Faz parte, quando se ocupa essa função há tanto tempo”, argumenta.

Outro ponto que o “prefeito do Copan” considera importante é que o síndico entenda pelo menos um pouco de cada coisa do condomínio.

“Saber se cercar de gente competente é muito importante. Mas o síndico também precisa ter conhecimento para tomar suas decisões com calma e sabedoria. Eu não sou da área de engenharia, mas atualmente consigo discutir com segurança com a empresa que faz a manutenção dos elevadores. É fundamental ter noções de administração, um pouco das leis que regem os condomínios, de recursos humanos, para tratar com os funcionários. Tudo que se aprende pode deixar a administração melhor”, pontua o síndico.

Affonso Celso também assinala a necessidade de um conselho atuante para que a gestão seja bem-sucedida. “Aqui temos 11 conselheiros, um para cada bloco. Mas acho que poderia, inclusive, ser maior. É sempre bom quando as pessoas participam da administração do condomínio”, comenta.

Cuidando da manutenção

Apesar da modéstia de comparar a gestão do Copan com a de qualquer outro condomínio brasileiro, Affonso Celso cuida de uma realidade bastante peculiar.

O serviço de pintura no condomínio, por exemplo, é contínuo. “Como nossa área comum é muito grande, quando terminamos de pintar um local, outro já está precisando do mesmo cuidado”, explica.

Para sanar tanta demanda de manutenção, o Copan conta com oficinas próprias instaladas no local: serviços de serralheria, marcenaria, hidráulica, elétrica e pintura.

“Temos também a escola Copan, que também forma a nossa mão-de-obra. Quem entra aqui começa na faxina, e depois vai subindo na nossa hierarquia. É sempre um prazer ver um funcionário crescendo por aqui”, comenta o gestor.

Atualmente, o maior projeto de manutenção ocorrendo é a restauração da fachada do edifício, com a troca de pastilhas. Além do desafio de cuidar de 46 mil m², o edifício é tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal Responsável Pelo Patrimônio Histórico).

Fornecedores

Cuidando de um empreendimento dessas dimensões, Affonso Celso destaca a importância de se associar a fornecedores confiáveis.

“Quando for orçar uma obra, ou um serviço, é fundamental que se busque quantos orçamentos sejam possíveis. É sempre melhor ter mais informações, conversar com os fornecedores, até para entender bem como é o serviço de cada um e o que está incluso no preço”, ensina.

Affonso e sua equipe chegam a orçar com até dez empresas, dependendo da necessidade. “Muitos falam de três orçamentos, mas temos que pensar que isso é um mínimo”, argumenta o gestor.

O síndico também frisa a importância das referências ao contratar um novo fornecedor. "Conversar com outros clientes sempre ajuda a fornecer um melhor panorama do serviço executado"

Dinheiro no caixa

O Copan já foi símbolo também de uma época em que o centro da cidade de São Paulo era um local degradado, sem cuidados. Hoje, o condomínio pode ser considerado um marco na revitalização do centro. 
 
Uma coisa que ajudou Affonso Celso a melhorar o caixa do condomínio foi cobrar por gravações feitas no local, além de ações publicitárias.
 
"Devagar e sempre conseguimos deixar as finanças no lugar. Procurar parcerias com empresas pode ser uma ótima maneira de aumentar o caixa do condomínio", argumenta.
 
Esse é o  segundo case publicado pelo SíndicoNet sobre "gestores da vida real". Nossa ideia é mostrar como é o dia-a-dia dos síndicos brasileiros. O primeiro a participar foi um gestor jovem, que optou por ser síndico para agregar a sua vida profissional. Quer participar? Escreva para gente aqui!

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