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Ambiente

Coleta seletiva

Condomínios em Fortaleza decidem por si só implementar a medida

segunda-feira, 27 de maio de 2013
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Condomínios desenvolvem, por conta própria, a coleta seletiva

Do que adianta levantar a bandeira da sustentabilidade, reclamar das autoridades e declarar que as pessoas estão negligenciando o Meio Ambiente se as atitudes que preservam este mesmo Meio Ambiente não começam dentro de casa? É muito fácil puramente jogar o “lixo no lixo” e colocar a responsabilidade naqueles que recolhem e dão destino aos resíduos que não nos servem mais.
 
Nossa obrigação não se resume apenas em evitar sujar o local onde vivemos e sim nos atentar a ações que minimizam ao máximo a degradação ambiental. E isso começa, sim, dentro de nossas residências.
 
Dentro deste prisma, a coleta seletiva é a melhor e mais básica ferramenta capaz de mudar um cenário onde o lixo é o principal vilão. Não é novidade nenhuma que a separação dos resíduos ainda é uma utopia, que parece estar longe de ser alcançada. Entretanto, mesmo com a falta de apoio, governamental ou não, alguns condomínios de Fortaleza estão tomando a iniciativa de desenvolver a coleta seletiva entre seus condôminos.
 
É isso que os 30 apartamentos do condomínio Barão de Aracati, na Aldeota, estão fazendo. Desde o começo do ano, os moradores estão realizando a coleta seletiva de seus resíduos onde, semanalmente, são recolhidos cerca de 30 quilos de rejeitos. Este material é recolhido por uma cooperativa que realizada a reciclagem, transformando o que é recolhido em vassouras e outros artigos ambientalmente corretos.
 
A síndica do edifício, Niedja Miranda, explicou que a ideia surgiu quando os moradores começaram a observar a quantidade de lixo que os caminhões recolhiam no depósito do condomínio. Incomodada, Niedja, que também é professora, resolveu desenvolver a coleta seletiva entre os moradores.
 
“No começo foi difícil.A gente sabe que as pessoas não têm a cultura de separar seus resíduos, principalmente, os orgânicos. Mas devagar fomos fazendo a campanha, comprei os baldes e começamos os trabalhos. Hoje, todos já estão mais conscientes e o próprio porteiro está ligando para os apartamentos cobrando a coleta”.
 

FIM DO MAU CHEIRO

 
Segundo a síndica, os benefícios foram observados logo de cara. O mau cheiro acabou e a quantidade de lixo gerado diminuiu. Sem falar na contribuição social que, com a nova metodologia, está beneficiando carroceiros e catadores ligados à cooperativa responsável pelo recolhimento. Entretanto, Niedja revelou que foi difícil encontrar entidades que fizessem este tipo de trabalho.
 
“No começo pensei em pedir para carroceiros fazerem o recolhimento, mas ficamos com medo já que não os conhecíamos. Aí comecei a correr atrás e encontrei esse pessoal que tem esta cooperativa no Pirambu. Até os sacos para o recolhimento eles nos oferecem. Com o material recolhido, eles produzem vassouras ecológicas e distribuem entre os condôminos”.
 
Até na rua, a rotina dos moradores vem mudando. De acordo com Niedja, hoje, quando ela passa pelas ruas da Capital, observa a grande quantidade de lixo acumulado e fica se perguntando por que ninguém, faz nada para reduzir a geração de resíduos. “Infelizmente não são todos que possuem conscientização. Temos que colocar na cabeça que as questões ambientais são extremamente importantes”.
 

EXCELENTE INICIATIVA

 
A aposentada Olga Maria da Costa, moradora do prédio Barão de Studart, foi uma das que incorporou de forma efetiva a conscientização ambiental. Ela salientou que a iniciativa foi maravilhosa e vem mudando, para melhor, a rotina dos condôminos. Para ela, sem conscientização fica “complicado” pensar no Meio Ambiente, e as primeiras ações devem vir de dentro de casa.
 
“O resultado está aí. É só ver o nosso atual depósito de lixo bastante reduzido. Tudo bem organizado. Não sofremos mais com os maus cheiros e outros problemas. Graças a Deus todos estão cooperando bastante para que a iniciativa perdure. Às vezes, eu costumava separar meu lixo, mas não era sempre. Agora, está virando rotina”.
 

FEBRE ENTRE OS MORADORES

 
No Parque Del Sol, a separação residual também está virando uma “febre” entre os moradores. Três condomínios pertencentes ao complexo já entraram na “onda” da coleta seletiva e estão reduzindo drasticamente a geração de resíduos. Ao todo cerca de 530 apartamentos já possuem a nova rotina que, além de favorecer a natureza, ainda ajuda uma associação que trabalha com crianças de rua.
 
A professora de Ciências, Socorro Alencar, moradora do condomínio Cervantes, no Parque Del Sol, ressaltou que a própria proposta do complexo era exaltar a natureza. Porém, começar a iniciativa, assim como no edifício Barão de Studart, não foi fácil.
 
Para ela, o estopim do início do projeto foi a grande quantidade de apartamentos e o enorme volume de materiais reutilizáveis dispensados pelos moradores.
 
Além do lixo residual, o óleo de cozinha também está sendo coletado. “Para começar o trabalho, até palestra fizemos. Felizmente as pessoas aderiram ao projeto e perceberam a importância de fazer iniciativas como esta. O óleo de cozinha ainda é uma questão muito sensível, mas estamos tentando mudar isso. Além de tudo, temos o benefício pessoal de sabermos que estamos fazendo a nossa parte para ajudar o planeta”.
 
No entanto, a professora explicou que ainda é necessário a criação de novas políticas públicas para que ações como está sejam levadas para outros locais. De acordo com ela, os cidadãos ainda não possuem a cultura de tratar o lixo de forma adequada, tendo em vista a forte degradação que a negligência com o lixo pode acarretar. “Falta impulso da sociedade para conhecer a verdadeira realidade destes materiais que, muitas vezes, julgamos sem importância”.

Fonte: http://www.oestadoce.com.br/

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