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Amanda Accioli


Quando o síndico profissional “arruma a casa” e precisa se despedir

O caminho é lidar com elegância e maturidade a troca de gestão, na certeza de que deixou um legado no condomínio, mantendo a reputação no mercado condominial

30/10/25 03:59 - Atualizado há 1 dia
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Duas pessoas trocando aperto de mão durante uma assinatura de documento, simbolizando um acordo ou parceria de negócios.
Fim de uma era: na passagem de bastão, espera-se do síndico profissional o encerramento do ciclo com ética e maturidade
iStock

É cada vez mais comum que condomínios optem por contratar um síndico profissional em momentos de crise administrativa ou estrutural.

Geralmente, esse profissional chega em um cenário desafiador: contas atrasadas, manutenções negligenciadas, obras urgentes e conflitos mal administrados.

Com técnica, organização e imparcialidade, ele assume a responsabilidade de “arrumar a casa”: renegocia contratos, coloca em ordem a documentação, implanta rotinas de manutenção e abre espaço para melhorias que valorizam o patrimônio coletivo.

Mas, depois desse trabalho árduo, muitos síndicos profissionais se deparam com uma situação delicada: são dispensados para que o condomínio volte ao modelo de síndico morador ou, então, para que os condôminos “testem” outro síndico profissional.

A justificativa mais recorrente é a proximidade — a ideia de que, quem mora no condomínio, terá mais disponibilidade para atender diariamente os vizinhos.

Postura madura e elegante do síndico deve substituir a frustração

Nessas horas, é natural que o síndico sinta frustração. Afinal, muito do que foi feito dificilmente seria possível sem o olhar técnico e imparcial que o profissional trouxe.

Porém, é justamente nesses momentos que entra em cena a postura madura que se espera de um gestor: compreender que é decisão soberana da assembleia e que o seu trabalho não foi em vão.

O síndico deve enxergar sua gestão como um ciclo de contribuição. Se a missão foi recuperar financeiramente o condomínio, entregar manutenções essenciais e criar bases sólidas de gestão, essa é uma vitória.

O legado permanece — seja no patrimônio valorizado, seja nos processos implantados. Mais cedo ou mais tarde, os condôminos percebem a diferença entre uma gestão amadora e uma gestão técnica, e isso abre portas para novas oportunidades.

O caminho, portanto, é manter a elegância: entregar um relatório final completo, deixar os processos bem documentados, reforçar o que foi conquistado e desejar sucesso ao próximo gestor. A boa reputação no mercado se constrói também nesses momentos de transição.

Aos síndicos profissionais, fica a lição: nem sempre a permanência será longa, mas o valor do trabalho bem feito nunca se perde.

E aos condomínios, a reflexão: administrar um empreendimento complexo não é apenas “estar presente”, é saber gerir com técnica, ética e visão de futuro.

(*) Amanda Accioli é Síndica Profissional e Advogada Condominialista, Diretora Nacional da Sindicatura da ANACON (Associação Nacional da Advocacia Condominial), Membro da Comissão Especial de Direito Condominial da OAB/SP, Síndica associada à AABIC e ao Secovi-SP. Palestrante e articulista. Instagram: @acciolicondominial | e-mail: amandaaccioli.adv@gmail.com

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