Espírito Santo
Defesa civil interdita prédio atingido por pedra
Prédio atingido por pedra em Santa Teresa é interditado pela Defesa Civil
A Defesa Civil de Santa Teresa, na região Serrana do Espírito Santo, interditou o prédio atingido por uma pedra que rolou de um morro na noite de terça-feira (6). O órgão disse que a ainda há risco de outras pedras rolarem. As cinco pessoas que se feriram já receberam alta hospitalar. Os demais moradores estão na casa de amigos e familiares.
A pedra estava escondida no meio da mata e rolou de uma altura de mais de 60 metros. Os destroços do prédio ainda atingiram dois carros. As cinco pessoas, que ficaram feridas, ainda dormiam quando a pedra caiu.
Dois quartos, localizados em andares diferentes, foram atingidos.
As vítimas foram socorridas e levadas para o Hospital Madre Regina Protmann, na mesma cidade.
Feridos
O pedreiro Romildo Keffer dormia em um dos quartos com a esposa, Paula Souza Cruz, e a filha de seis anos, Lorraine da Cruz Keffer. Segundo Ronaldo Keffer, irmão de Romildo, o pedreiro sofreu um corte na cabeça e escoriações pelo corpo. A cunhada cortou a perna e precisou levar pontos. A criança teve alguns arranhões.
No outro quarto atingido estava o casal Gilberto Conradt, 30, e Simone Gasperasso, 27. Os dois sofreram escoriações. Os feridos passaram por exames.
“Nasci de novo. Agora vou comemorar dois aniversários”, disse Gilberto.
O estrago no prédio foi grande. A pedra é maior que um carro de passeio. O prédio foi interditado e as quatro famílias tiveram que sair. Alguns moradores e parentes foram ao local para pegar alguns pertences, mas ainda estavam muito assustados.
A filha do lavrador José Gasparesso mora no prédio, e ele nem imaginava que tinha esse perigo atrás do prédio.
“Teve uma época que caiu um barranco num prédio aqui perto, eu pensei que por ser baixo não teria perigo de descer barranco, mas aí veio a pedra”, contou.
Defesa Civil
O coordenador da Defesa Civil Elias Sagrilo já sabe porque, mesmo sem chuva, a pedra desceu o morro.
“Descobrimos que por trás da pedra havia um pequeno volume de água, que provavelmente, adentrou em alguma rachadura ou fissura por trás da rocha e foi causando o processo erosivo dela ao longo de muito tempo. Isso não foi do dia para noite, com certeza ao longo de muitos meses”, explicou.
Outro fator é a oscilação de temperatura em Santa Teresa.
“Faz muito frio à noite e calor de manhã. Como o solo está muito seco, ele fica muito mais maleável”, detalhou.
Sagrillo disse que de onde veio essa pedra, há outras que também podem rolar.
“Elas estão apoiadas no chão, para que deslizem precisa ter uma pressão, talvez uma chuva, mas é melhor prevenir. Será preciso realizar uma escora em um cômodo que está pendurado, para que o conjunto harmônico da construção possa continuar de pé”, explicou o coordenador.
A Defesa Civil ainda não tem previsão de quando os moradores vão poder voltar pra casa.
Fonte: http://g1.globo.com/