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Ambiente

Infestação de lagartas

Insetos dominaram carros e árvores de condomínio em Recife

sexta-feira, 24 de março de 2023
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Moradores de residencial no Cordeiro sofrem com infestação de lagartas

Nos pneus e tetos dos carros, paredes, troncos de árvores. Desde a tarde do último sábado (2), novas e indesejadas moradoras estão onipresentes na rotina dos moradores do condomínio Morada Recife Antigo, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.

As pessoas relatam que, durante a tarde de ontem, houve um nevoeiro de borboletas na área. Logo depois, os pequenos bichinhos de tonalidade preta e amarela já estavam em vários pontos dos 12 blocos do condomínio que possui um total de 920 apartamentos. Os mais afetados foram o edifício Manoel Bandeira e Casa Forte, ambos no mesmo condomínio.

Viviane Souza Dantas, moradora, conta que percebeu o problema quando, no sábado, seu marido foi retirar o carro da garagem. A vaga fica embaixo de uma das muitas árvores que os insetos elegeram como local para se concentrar. "Não podíamos nem abaixar o vidro do carro. Ontem, não havia sequer como pisar no chão, sem matá-los", relata. Ricardo José da Silva, zelador, trabalha há 19 anos no local e afirma nunca ter presenciado nada semelhante. "Já vi muitas lagartas de fogo, coisas assim, mas não isso. Tem várias delas para todos os lados", afirmou.

O administrador do condomínio, Wilder Barros, contou que entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e Prefeitura do Recife, mas que ambos afirmaram não poder comparecer ao local por não ser da competência deles fazer este tipo de controle. Teriam sido orientados, então, a procurar alguma empresa de dedetização e estão neste aguardo.

"Tudo indica que sejam larvas de borboleta, mas temos medo de mexer nelas por uma questão ambiental. O que percebemos é que elas têm preferência por certo tipo de árvores e que destroem suas folhas. Já fizeram isto com três árvores de grande porte, de cerca de 10 metros. A partir daí, as lagartas, em absurda quantidade, sobem até os apartamentos, inclusive. Temos medo de que, sendo organismos vivos, entrem nas tubulações e possam até causar um curto-circuito", questiona.

Durante a tarde de ontem, profissionais do Centro de Vigilância Ambiental (CVA) da Secretaria de Saúde do Recife estiveram no Morada Recife Antigo e informaram que os insetos não oferecem risco à saúde humana. No entanto, orientaram o condomínio a contratar uma empresa particular de controle de pragas para fazer a dedetização.

“A vigilância condenou também algumas árvores e orientou que chamássemos a prefeitura (Emlurb) para fazer a poda e/ou até mesmo arrancar algumas árvores, devido ao ataque das lagartas. Orientou a empresa de dedetização realizar o serviço de bloqueio e isolar a área”, detalhou Wilder.

À reportagem, o Corpo de Bombeiros confirmou que a situação não é de competência do órgão. 

O biólogo e doutor em entomologia do departamento de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Marco Aurélio Paes de Oliveira, disse que a infestação desse tipo de borboleta, da ordem lepidoptera, vulgarmente conhecida como lagarta cabeça de fósforo, não é um problema exclusivo do Morada Recife Antigo e tem acontecido em locais com árvores de grande porte, como os sombreiros, inclusive no bairro de Dois Irmãos, onde está localizada a UFRPE.

“Essa lagarta é comum nas Américas e ela gosta de ambientes quentes. Podem passar um ano sem aparecer, mas periodicamente surgem quando estão em período de reprodução, normalmente no verão. E, quando aparecem em grande quantidade, como agora, seus predadores naturais como as vespas, pássaros e percevejos não conseguem dar conta e acontece essa explosão, que assusta pela quantidade mas que não oferece risco à saúde”, explicou o professor.

Ainda de acordo com Marco Aurélio, essa lagarta passa por cinco estágios e se alimentam bastante de folhas para conseguir passar de um estágio para outro. “Entre duas e três semanas, elas desaparecem e dificilmente ocorre uma reinfestação. Também não têm o poder de depredar as árvores, que após as lagartas se transformarem em borboletas, se recuperam rapidamente”, complementou o especialista. 

Fonte: www.diariodepernambuco.com.br

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