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Júlia Rachkorsky


Entre Assembleias e Legado: Júlia Rachkorsky estreia no mundo dos condomínios

Júlia Rachkorsky revela, com emoção e bom humor, os desafios e aprendizados de seguir os passos do renomado especialista em condomínios Márcio Rachkorsky, seu pai

17/07/25 08:00 - Atualizado há 61 dias
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Júlia Rachkorsky e Márcio Rachkorsky lado a lado em um evento condominial
Júlia e Márcio Rachkorsky lado a lado em um evento condominial: símbolo do encontro de gerações, aprendizado contínuo e orgulho de viver e atuar junto
Divulgação

Sem pretensão alguma, agora também estou nadando nesse oceano de condomínios. Fico pensando aqui e, talvez, quem sempre viu de fora, já meio que esperava por isso... Bom, seja lá como for, fato é que a fruta não cai longe do pé mesmo.

Logo, logo me formo em Direito. Também trabalhei em uma administradora de condomínios e, hoje em dia, acompanho meu pai, o Márcio (Rachkorsky), nas assembleias de instalação que ele conduz para diversas incorporadoras quase toda noite.

Algumas pessoas já sabem um pouquinho sobre como tudo isso começou, mas acho bacana dar uma contextualizada, inclusive para me apresentar para vocês... Que tal?

O pontapé inicial da minha inserção nesse mundo louco de condomínios, foi bem na época que optei em morar com meu pai assim que meus pais se separaram. Nessa fase, eu tinha lá meus 8 aninhos e achei o máximo a novidade que, juntos, como pai e filha, iríamos desbravar. 

Sempre nos demos muito bem, além da afinidade ímpar e hábitos num modo geral parecidíssimos - dormirmos tarde, acordarmos cedo, comemos muito, somos notívagos, enfim, isso tudo também pesou pra minha decisão.

Por óbvio, apesar de tentar equilibrar os pratos com uma criança - bem geniosa, diga-se de passagem - e com uma rotina totalmente diferente da qual estava inserido até então, ele não tinha sequer uma escapatória para agenda atribulada de assembleias, e sua única saída foi me levar junto, em todas elas.

Com 8 anos de idade, já sabia decor o rito de AGO e AGE

Ininterruptamente, de segunda a sexta, eu o acompanhava na saga das assembleias e, depois de um tempo, já era praxe fazer a lição de casa enquanto ele se esgoelava no microfone, rsrs. 

No início, confesso, achava um pouco entediante. Digo, com 8 anos você chegar em um prédio e se deparar com várias pessoas querendo falar com seu pai e tirando um monte de dúvidas, concordam comigo que não é um passeio interessante, né?

Pois bem. Depois de passar algumas semanas, no entanto, comecei a perceber que algumas das assembleias eram mais acaloradas, tipo um pessoal com a vibe de brigar mesmo, sabe? Mas não vou mentir pra vocês, foi exatamente aí que começou a ficar legal!!!

Com pouca idade, já estava decorando o rito de uma AGO e AGE, quais eram as funções dos conselheiros e qual item da pauta que tinha mais quórum – o dia do sorteio de vagas. 

Foi uma época muito curiosa, em especial porque presenciei brigas homéricas – e quando eu falo homéricas, é sem exagero algum.

Já vi duas mulheres se estapeando no meio da assembleia, homens saindo no soco porque um insultou o outro, viatura da polícia chegando para escoltar meu pai depois dele ser ameaçado e terem jogado algumas cadeiras em cima dele. Sim, um verdadeiro caos. Sim, muitas histórias loucas e engraçadas para contar

Ser filha do Márcio é um desafio e tanto

Agora com os meus 25 anos, estou aproveitando aos poucos e de maneira muito humilde, o caminho que meu pai pavimentou, carregando comigo responsabilidades e metas especiais. Ser a filha do Márcio é um desafio e tanto, aprendo todos os dias, no trabalho e na vida pessoal. 

 Meu pai é uma pessoa bem quista, boa praça e de relações muito perenes. Tudo que se propõe a fazer dentro do trabalho é sempre entregue com excelência, tem a agenda recheada de compromissos importantes durante a semana toda e, mesmo assim, apesar de todo cansaço, não deixa a peteca cair, nem a energia baixar.

Além disso, nitidamente é um comunicador nato, com uma facilidade surreal para se expressar, dar opinião, falar em público. Sempre digo que ele nasceu para isso. Quando o assunto é vida em condomínio, de cara, quem é do ramo, já sabe quem consultar - o tal do Márcio Rachkorsky, que fala na CBN e tem um quadro na TV Globo.

Sério, não é porque ele é meu pai, não, mas o cara é fera de verdade. O jeito que ele contorna os conflitos que surgem ao longo da reunião é de tirar o chapéu. E quando tem algum encrenqueiro querendo tumultuar? Putz... além de trazer respaldos jurídicos, tem vezes em que chega até a convencer o mala a trocar o voto, é impressionante.

Optei em falar um pouco do que o Márcio desempenha para vocês terem uma ideia do quão alta será a régua para mim a partir de agora. De outro ângulo, porém, que ousadia boa a minha em tentar ser e conquistar tudo isso.

Júlia no mundo dos condomínios: aprendizado, disciplina e constância 

É claro que as pessoas terão expectativas de que eu seja tão boa quanto ele, e sempre será uma realidade do dia a dia para quem escolhe seguir os mesmos passos de alguém que já é referência no setor...

Ou vocês acham que a Fernanda Torres, por anos e anos, não foi comparada com a mãe dela? A filha do Michael Jackson, escolhendo também ser cantora, com o Rei do Pop? O sobrinho do Ayrton Senna, ídolo de quase todos os brasileiros, competindo na Fórmula 1?

O que difere uma pessoa da outra, ainda mais quando estamos tratando de legado, é a geração – e esse pode ser nosso superpoder. Falar que cada um carrega consigo a sua personalidade é muito superficial, óbvio demais.

Toda pessoa que sucede alguém, obrigatoriamente, é mais novo, menos experiente e mais amedrontado. Por um lado, é um privilégio poder desfrutar de tudo que já foi construído. De outro, porém, é desafiador lidar com as comparações e respeitar o tempo natural do processo de aprendizado de cada etapa e da rotina de quem está se espelhando.

Faço minhas apostas, ainda sim, de que o segredo é a diferença geracional. É condição sine qua non que duas pessoas trabalhando juntas, com gerações contemplando hábitos, ideais e noções de vida totalmente distantes, terão conflitos – e não serão poucos.

Terão embates no que diz respeito ao ritmo do dia a dia, ao posicionamento no decorrer de uma reunião, as escolhas feitas para dar andamento num projeto, a maneira que raciocina sobre determinadas coisas.

Nessa toada, é uma troca que nenhuma outra parceria pode nos dar: a experiência e repertório versus a ânsia de aprender e conquistar. É uma simbiose perfeita, um processo lindo e cheio de propósito para ambas as partes! 

A vida vai passando e vamos nos refinando, crescendo e nos sentindo mais confiantes.

E é justamente nessa fase que me encontro dentro do mundo de condomínios. Aberta para aprender muito, e consciente que vou errar bastante também. Crescer sem ansiedade, mas em dia com a disciplina e constância que preciso para ser a Júlia que idealizo. Com um frio na barriga imenso, mas fazendo acontecer mesmo assim. 

Tenho plena consciência de que terei muitas coisas para absorver e praticar, barreiras para quebrar e novos projetos para tocar, no entanto, meu maior privilégio, sem dúvida alguma, é iniciar a minha vida profissional lado a lado com a pessoa mais querida para mim, o meu pai. Que venham os novos desafios, então!!!

(*) Júlia Rachkorsky é notívaga, apreciadora da alta gastronomia, estudante do 4º ano de Direito, há 17 anos acompanha assembleias condominais e estreante como profissional no mundo dos condomínios. E, claro, filha do Márcio.

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