Segurança começa pelo porteiro, dizem especialistas
A segurança nos dias de hoje nem sempre pode ser relacionada apenas à força e equipamentos tecnológicos e a busca por estratégias que impeçam invasões e assaltos a condomínios e estabelecimentos deve começar pelo material humano, dizem especialistas em segurança. E isso começa pelo primeiro homem a realizar abordagem de quem entra ou sai, ou seja, o porteiro.
“É extremamente relevante avaliar a postura da portaria e quais atitudes preventivas os profissionais da área estão treinados para executar. É bom lembrar que, apesar de muitos associarem a figura do porteiro a ações ostensivas, eles, na prática, fazem a segurança preventiva e exercem função importantíssima de confiabilidade, mas não são exatamente seguranças, ou seja, não possuem e nem podem portar armas”, lembra o representante da GS Terceirização, de São Paulo, Jorge T. Margueiro.
Como não podem portar armas de fogo, os porteiros bem treinados são essenciais para segurança de condomínios e estabelecimentos, pois atuam na prevenção de assaltos.
“A primeira abordagem, a de identificação, é uma maneira de prevenir. E é simples, só cumprir o que está previsto na parte da segurança de praticamente todo condomínio”, explica o gerente de operações da Multiforte Segurança, de Cuiabá, Sebastião Vagner.
“[O porteiro] precisa necessariamente identificar qualquer pessoa antes de liberá-la, agindo com prevenção pra não vir a acontecer o sinistro. Os porteiros da nossa empresa são treinados e instruídos a fazerem corretamente essa primeira abordagem”, defende.
Na maioria dos assaltos a locais fechados, a falha está justamente no momento da averiguação ou liberação de visitantes e prestadores de serviços.
Em conjuntos habitacionais, principalmente, há maior incidência de contratação de pessoas despreparadas para a função, desatentas ao entra e sai de moradores, que deixam qualquer um entrar, sem confirmar se os residentes autorizaram ou sem checar as placas dos carros, indo apenas pela marca e cor do veículo, muitas vezes semelhantes a de algum condomínio.
Outra falha comum é a entrada de prestadores de serviços, como diaristas, pedreiros, encanadores, entre outros, e até entregadores de pizza e fast-food sem uma regra bem definida de controle de acesso, deixando a decisão para o porteiro.
“Arrastões em condomínios tem se dado em grande parte pela desatenção de porteiros, pois a instrução do funcionário é, hoje, a maior arma de combate contra esses tipos de crime”, continuou Jorge Margueiro.
Fonte: http://www.diariodecuiaba.com.br/
Matérias recomendadas