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Condomínio interditado

Empreendimento segue interditado desde 2015 por apresentar rachaduras

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
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Condomínio na Zona Sul de SP segue interditado desde 2015 por rachaduras

Torre entregue pela Prefeitura apresentou rachaduras um ano após entrega dos apartamentos feita em 2005, problema se agravou e Defesa Civil interditou local em 2015. Audiência pública nesta quinta-feira (7) retomou discussão na Câmara.

Há mais de dois anos, 40 famílias aguardam a possibilidade de voltar para suas casas, no Conjunto Habitacional Guarapiranga, Zona Sul. O condomínio foi interditado em 2015 pela Defesa Civil devido a rachaduras que se aprofundaram desde a entrega e nesta quinta-feira (7), os moradores realizaram uma audiência pública com representantes da gestão municipal para cobrar uma solução para o problema.

Na audiência pública realizada na Câmara Municipal, estiveram presentes moradores do condomínio, o vereador Ricardo Nunes (PMDB), a Procuradoria Gral do Município, representantes da SPTrans, da Secretaria de Transportes e da Justiça.

“Hoje na audiência, os moradores expressaram sua indignação, e eu acabei descobrindo um agravante na história – que a SPTrans, responsável pela contratação das construtoras, jamais as notificou sobre ressarcir os danos causados”, disse o vereador Ricardo Nunes ao G1.

“O resultado da audiência foi nosso pedido para que a SPTrans notifique as construtoras, e que seja apurado quais agentes públicos foram omissos nesse processo. O Procurador Ricardo Ferrari prometeu que no primeiro semestre de 2018 será estudada na Câmara de Solução de Conflitos uma solução amigável entre moradores, SPTrans e Justiça. A expectativa é de que cada família receba ao menos R$ 150 mil para recomeçar a vida”, continuou o vereador, que tem participado da mediação do problema.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que "vai encontrar uma maneira de recuperar as unidades habitacionais ou indenizar as famílias afetadas" e acrescentou que na reunião desta quinta "ficou acertado com o Procurador-Geral do Município, Ricardo Ferrari, que um grupo de conciliação seja formado entre moradores e Prefeitura para se chegar a um acordo com relação às moradias".

Na próxima semana o procurador deve agendar uma nova reunião para que seja iniciada a análise da situação pelo grupo criado.

Histórico

Durante a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PMDB), entre 2001 e 2005, foi apresentado o projeto de alargamento do corredor Guarapiranga. Com isso, famílias foram desalojadas das imediações da Avenida Guarapiranga e a SPTrans ficou responsável por acompanhar a construção de um conjunto habitacional para as famílias.

A proposta era de que as famílias pagassem pelas unidades do Conjunto Habitacional Guarapiranga o equivalente a 1.000 parcelas de R$ 60. Os novos apartamentos foram entregues às famílias em 2.005, já durante a gestão do ex-prefeito José Serra (PSDB). As obras foram realizadas pela Camargo Correia e pela OAS.

Os problemas começaram a surgir no próprio dia da inauguração. Ao observar o custo da obra em uma placa, Serra pediu uma auditoria à Secretaria de Transportes.

“Está muito caro. São R$ 53 mil por apartamento”, calculou o ex-prefeito na ocasião.

Ao entrar no imóvel, os moradores também notaram algo diferente. “Uma planta foi apresentada antes da construção, mas outra planta foi construída. Só percebemos depois que levantaram o edifício. E entregaram o apartamento cru, sem piso, sem reboco, sem lâmpada”, relembra Alexandre Bezerra da Silva, hoje, representante das reivindicações dos moradores.

O problema mais grave, contudo, começava a aparecer um ano após a entrega do imóvel: os moradores diziam que os apartamentos apresentavam rachaduras e procuraram ajuda, mas somente dez anos mais tarde, em 2015, com as rachaduras aprofundadas e desníveis no solo, a Defesa Civil interditou o condomínio para garantir a segurança dos moradores.

Uma ordem judicial determinou que a Prefeitura pagasse R$ 1,2 mil para cada família alugar outro imóvel até que os reparos fossem feitos. Inicialmente, a Prefeitura garantiu que pagaria, mas recorreu na Justiça e conseguiu o direito de pagar R$ 400 para cada família.

“Isso gerou um grande prejuízo pra gente porque além de continuarmos a pagar as parcelas do apartamento que estava interditado, ainda fomos obrigados a pagar aluguel. De lá para cá eu poderia estimar que tudo isso rendeu um prejuízo de R$ 80 ou R$ 100 mil”, afirma Alexandre Bezerra da Silva, representante dos moradores. “Isso sem falar que no contrato diz que a Prefeitura tinha total responsabilidade de zelar pelas vistorias e manutenções do edifício, e isso não aconteceu”, continua.

A reforma não acontecia e os moradores se organizaram, contrataram um advogado e entraram na Justiça contra o munícipio.

Na sentença, a juíza condenou a Prefeitura a pagar os aluguéis que não haviam sido pagos, salários mínimos por danos morais e pediu a reforma ou a reconstrução do imóvel. A Prefeitura recorreu da decisão e o condomínio continua interditado desde junho de 2015.

 

Fonte: https://g1.globo.com/

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