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Administração

Desabamento em BH

Condomínios vizinhos à construção esperavam valorização que não aconteceu

sexta-feira, 18 de julho de 2014
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Moradores tentam vender imóveis em prédios vizinhos a viaduto que caiu

Queda no dia 3 de julho já afeta donos de apartamentos na região
 
Com a queda do viaduto Batalha dos Guararapes em Belo Horizonte dia 3, moradores de prédios vizinhos tentam comercializar seus apartamentos. O técnico em enfermagem Lincoln Vieira Lacerda, morador do edifício Antares, vistoriado por causa de sua proximidade ao local do desabamento, tentou vender o seu apartamento, antes do acidente.
 
"No início do ano passado, quando havia a expectativa da obra [construção do viaduto], [corretores] tinham avaliado o meu apartamento em R$ 220 mil. Eu até falei que estava a fim de vender, de sair daqui, mas disseram para que eu não vendesse porque o preço ia valorizar", afirmou nesta quarta-feira (16) Lacerda.
 
"Agora, eu senti o baque. Um outro morador do prédio que pediu R$ 220 mil para vender o seu apartamento, mas ofereceram a ele R$ 140 mil por causa do acidente e do movimento que está aqui na porta. Agora, além da desvalorização, vou ter dificuldades de venda. Com certeza esse lugar vai ficar marcado", disse o técnico em enfermagem".
 
"Eu vou procurar um advogado particular. A minha intenção é ver o que eu posso fazer para ser restituído dos danos que sofri. O que os outros moradores estão correndo atrás, não serve para mim. Eu acho que eles deveriam estar correndo atrás do prejuízo da forte desvalorização que tivemos nas nossas casas".
 
Barulho e poeira
 
Desde a queda do viaduto, que ficava em cima da avenida Pedro 1º, há 13 dias, o trânsito da via, uma das mais importantes da região da Pampulha, foi transferida para a avenida Álvaro Camargo, que é paralela. "Isso daqui virou um caos. Não dá para conviver com a sujeira, barulho, poeira e trânsito", diz a síndica do bloco 1 do Condomínio Antares, Juracy Pinto de Assis.
 
Além de um provável aumento da taxa de condômino, atualmente em R$ 90 por mês, por conta dos maiores gastos com limpeza e a jardinagem do edifício, com aumento dos gastos, sobretudo com água, a síndica diz que o desabamento do viaduto, além dos transtornos, desvalorizou os apartamentos, de 50 metros quadrados do edifício.
 
"Quando começou a ser construído, o viaduto fez com que o supermercado, o açougue e o salão de beleza aqui na região fossem fechados. Muitos moradores que colocaram seus imóveis à venda não puderam fechar negócios porque a desvalorização foi muito grande. Essas obras só trouxeram problemas. O melhor para a gente, seria a prefeitura não reconstruir o viaduto", afirma.
 
"Não sei quanto desvalorizou os imóveis. Mas que desvalorizou, desvalorizou. O [apartamento] 204 e o 403 foram colocados a venda e os preços só foram caindo. O apartamento aqui [Condomínio Antares] valia uns R$ 220 mil antes do viaduto. Agora, com a construção e queda do viaduto, baixou de preço e está valendo cerda de R$ 140 mil", diz Assis.
 
O proprietário do Bar do Maurício, na rua João Samaha, próximo ao edifico, Maurício Bragança, faz coro à síndica. "O comércio todo foi embora. Fiquei praticamente sozinho. A farmácia, o restaurante, o salão de beleza, a casa lotérica foram fechados", afirma.
 
Segundo Bragança, a queda nas vendas do bar foi de 50%. "Estou pagando R$ 1 mil de aluguel pelo ponto. Sei que não vou conseguir diminuir esse valor, apesar do movimento ter caído pela metade. Vai ser complicado. Estou aqui há 15 anos." 
 
O consultor Henrique Alencar de Morais, que atua há 15 anos no segmento de imóveis, explica que obras como a construção do viaduto Batalha dos Guararapes valorizam a região onde são feitas. Entretanto, para o especialista, a grande proximidade do viaduto aos condomínios Antares e Montese pode desvalorizar os preços dos apartamentos.
 
"É muito difícil avaliar. A região ganha e os imóveis são valorizados, não há dúvidas. Mas o viaduto está muito próximo dos dois condomínios. Essa situação pode depreciar um pouco os preços. Agora com a queda, não sei o que pode acontecer", afirma Morais.
 
Tráfego interrompido
 
A advogada dos moradores do edifício Ana Cristina Drummond, disse que nesta quarta-feira (16) entrega ao MP (Ministério Público) de Minas Gerais dossiê sobre os impactos da construção do viaduto e da queda de uma das alças sobre os imóveis vizinhos.
 
Drummond afirma que os moradores estão sofrendo com fechamento da via e os procedimentos de demolição da estrutura que desmoronou.
 
"Há uma expectativa de que se libere o tráfego na avenida Pedro 1º nos próximos dias e que a demolição seja concluída no mesmo período. Esperamos que isso ocorra de forma rápida, sem mais transtornos para os moradores", disse.

Fonte: http://www.tribunahoje.com/

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