Residenciais investem milhões em equipamentos de segurança; confira novidades
Em Alphaville, as portarias são equipadas por cancelas que se abrem por etapas, de acordo com a identificação de quem for acessar o local
Portarias com controle do acesso de moradores e de visitantes feito por cancelas, muros delimitando acessos às áreas comuns dos condomínios e até mesmo câmeras com identificação de reconhecimento facial e portaria blindada. Esses são alguns itens encontrados em empreendimentos de Salvador e também do interior da Bahia. Com a crescente violência, os condomínios passaram a investir em fortes – e milionários – esquemas de proteção.
Em Feira de Santana, por exemplo, no empreendimento Alphaville, que está sendo construído na estrutura de bairro planejado, foram investidos R$ 1,5 milhão no plano diretor de segurança. Já no Terras Alphaville, em Camaçari, o investimento será de mais de R$ 250 mil.
Fábio Valle, diretor comercial e de novos negócios da Alphaville, explica que nos empreendimentos da empresa em construção na Bahia, os moradores terão identificação especial com cartão de aproximação de distância e os funcionários terão um cadastro biométrico para entrar.
“Visitantes precisarão ser identificados com foto e dados pessoais. Também serão adquiridos softwares de última geração em gerenciamento de triagem e câmeras de alta resolução. Os equipamentos serão distribuídos por todo o terreno que conta ainda com perímetro protegido, muros e grades”, explica Valle.
Além disso, nos empreendimentos da marca Alphaville, as portarias são equipadas por cancelas que se abrem por etapas, de acordo com a identificação de quem for acessar o local. Essas medidas são adotadas em todos os Alphavilles espalhados pelo país e que estarão presentes também em cidades como Camaçari, Feira de Santana e Vitória da Conquista.
Porém, não são apenas os empreendimentos de alto padrão que precisam se preocupar com segurança. “Hoje, os novos condomínios em bairros populares de Salvador e Região Metropolitana já estão sendo vendidos com estruturas de segurança a exemplo de guaritas recuadas e, em alguns casos, blindadas. Isso agrega muito para o imóvel”, comenta Valter Santana, corretor de imóveis que atua em Camaçari e Lauro de Freitas.
Ricardo Franco, diretor regional e especialista em segurança do Grupo GR, explica que a segurança deve ser uma preocupação de todos.
“Tem que ter um alinhamento entre prestadora, condômino, administrador, síndico. Não se pode abrir exceções. Todos devem ter o compromisso de estar num sistema participativo. Durante as reuniões de condomínio, é preciso orientar cada condômino sobre o acesso à própria propriedade”, ressalta.
Franco orienta que no caso de novos condomínios, o ideal é que os moradores, já na convenção, selecionem uma empresa que faça a segurança patrimonial. “A empresa deve avaliar quais equipamentos devem ser instalados. Coberturas com câmeras são importantes, por exemplo, para identificar que tipo de movimento está ocorrendo”, diz.
O especialista em segurança fala ainda que as principais tentativas de assalto que acontecem aos condomínios são quando chegam falsas visitas. “Quando chegar uma visita, você não pode deixar a empregada ou uma criança atender o interfone. Tem que ser algum morador. A empregada só sabe quem frequenta a casa habitualmente – o cunhado, a amiga, a sogra. A maioria das tentativas de assaltos ocorre por falha desse tipo. Alguém chega no prédio, interfona e diz:
“Vou para o apartamento 81”. Não pode responder: “Qual? O apartamento de dona Maria?”. Assim, você já forneceu o nome do morador”, ensina Franco.
Monitoramento de segurança por câmeras é um dos principais pontos de investimentos dos condomínios. Profissionais devem ser treinados (Foto: Divulgação)
Ajuda
De uma maneira geral, quando o condomínio busca aumentar ou melhorar a segurança no empreendimento é para oferecer mais tranquilidade aos moradores e evitar, principalmente, roubos, furtos e outras ações externas que, de alguma maneira, possam provocar danos aos moradores, funcionários e também aos imóveis.
De acordo com o gerente regional da administradora de condomínios Apsa, Marcelo Freire, antes de investir em tecnologia e em pessoal, a sugestão é pesquisar bem o mercado, procurar uma empresa especializada no assunto, conhecer os serviços disponibilizados e assim entender qual a necessidade do condomínio.
“O importante é fazer a combinação adequada entre o uso de tecnologia com pessoal. Porque se nem a equipe, o condomínio ou moradores não souberem tirar proveito das diversas tecnologias, então pode não funcionar como se espera”, argumenta.
Seguro
Para poder atuar, a empresa deve ter documentos de apólice de seguro, de responsabilidade civil. “Se for comprovada a falha, e o prejuízo for visível - se o porteiro fechou o portão, por exemplo, em cima de um veículo de R$ 300 mil, e é uma falha do nosso porteiro, a gente tem que cobrir. O porteiro está ligado à segurança patrimonial, e não à vigilância”, explica Franco.
Cada condomínio tem um perfil, tem uma variação, não existe uma padronização. Pode ser que ele já tenha sistema eletrônico e só precise dar um “upgrade”, mas todo investimento em segurança é um desembolso imediato: custo de instalação, infraestrutura, equipamentos, manutenção mensal.
“Já segurança patrimonial é um custo mensal, tem que colocar no orçamento anual do condomínio. O custo da segurança patrimonial fica entre 30% a 40% do custo total das contas do condomínio”, esclarece Franco.
Fonte: http://www.correio24horas.com.br/
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