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Administração

Pequena cidade

Condomínio em Sorocaba tem 46 torres e cerca de 3 mil moradores

terça-feira, 19 de junho de 2012
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 Com 3 mil moradores, Camélias parece uma cidade

Inaugurado em 1990, o residencial funciona como um pequeno município, com administração própria

Quando mudou para o Parque Residencial Camélias, há 12 anos, o aposentado Baltazar Alves da Silva, 63, chegou a se perder nas alamedas do condomínio. Até hoje ele lembra o trevo onde parou e ficou em dúvida sobre a direção que deveria seguir.
 
Com o tempo, aprendeu todos os caminhos. E é um dos moradores que aproveitam bem o que o residencial oferece: área verde, espaço para caminhadas e boa conservação de suas áreas de uso coletivo.
 
São 46 torres de quatro andares num espaço de 110 mil metros quadrados. Cerca de 3 mil pessoas vivem no Camélias, condomínio inaugurado há 21 anos. O residencial atraiu o comércio e a infraestrutura urbana para uma região  antes vazia, no Jardim Marambá.     
 
Tanta gente, numa área tão grande, exige rigor. O Camélias tem escritório próprio, com dez funcionários – quatro no setor administrativo. Isso sem contar os funcionários terceirizados – 19 porteiros, dez faxineiros e um zelador.
 
Natalino Finazzi acorda todos os dias às 5h no Santo Edwirges, onde mora, para começar a rotina de trabalho. Atravessa a cidade para chegar. 
 
Ele é o zelador. Conhece tudo e todos no residencial. Sabe, por exemplo,  quem são os moradores mais recentes e os que chegaram na fase inicial do condomínio, os pioneiros.   
 
Conhece também alguns dos números gigantescos do local. Só para comprar sacos de lixo, por exemplo, são gastos R$ 500 por mês. A substituição do asfalto por bloquetes ecológicos custou R$ 400 mil. Do total de apartamentos, 95% estão ocupados. Entre os moradores, pelo menos 10% são crianças que aproveitam os parquinhos.    
 
“Aqui é uma pequena cidade”, define outra funcionária, Maria da Glória Morgado. Ela é a responsável pelas centenas de correspondências que circulam semanalmente.
 
Todos os dias, Glória recebe o malote do carteiro, separa as cartas, contas, revistas e encomendas que chegam via Sedex, registra tudo e faz a distribuição com a ajuda de um mirim.
 
“Ela é outra relíquia nossa”, diz a assessora administrativa Ana Paula Cardoso Rodrigues. 
 

Comércio

É  unânime. Ao serem perguntados sobre o que falta no bairro, os moradores dizem que é uma lotérica. Querem um local para pagar as contas sem precisar sair da região. 
 
O resto tem tudo: padaria, escola pública e particular, pizzaria, sorveteria, farmácia, lanchonete e um supermercado em fase de ampliação.   
 
O morador Baltazar  avisa: é preciso caminhar bastante para conhecer o Camélias.
 
Ele ajudou o BOM DIA a percorrer o condomínio. Mostrou os prédios com pintura recente, os bloquetes, as árvores que formam o que chama de “pulmão verde” e o próprio apartamento, que está no padrão B e vai passar por uma reforma: tem três quartos, três banheiros, sala, cozinha e área de serviço. Os que estão no padrão A têm garagem coberta e uma pequena sacada.
 
O aposentado escolheu o Camélias após o divórcio da primeira mulher. Queria um apartamento por causa da segurança. Na época, viajava bastante a trabalho. Ali, diz, sai tranquilo quando precisa ficar longe. No bloco dele a convivência com os vizinhos é como antigamente: dá para pedir para darem uma olhada no apartamento enquanto o dono está longe. 
 
Ele reforça que uma área verde como a do residencial não é encontrada com facilidade por aí.
 
“Imagine quanto valeria isso numa cidade como São Paulo?”, questiona. “Adoro isso aqui”.
 
Baltazar nem pensa na possibilidade de mudar de endereço. Leva até um susto quando a pergunta sobre a hipótese de escolher outro condomínio é feita pela reportagem.
 
“De jeito maneira”. E fim de papo.
 

Morador, porteiro e divulgador das qualidades do local

O porteiro Ulisses Rosa, 49, é uma ótima referência para o Camélias. Morador do condomínio há 20 anos,  é só elogios ao local, onde vive com a mãe e também onde trabalha desde a juventude.  “Abafa”,  pede ele, bem humorado, ao falar sobre a idade e  o tempo de condomínio.
 
Quando mudou com o pai e a mãe, a família não tinha casa própria e pagava aluguel. Aí apareceu a chance de comprar o apartamento no residencial.
 
Depois o pai morreu e Ulisses ficou ali com Maria Alba, que chama de “mãezinha querida”. 
 
Admite ser um privilegiado por trabalhar sem precisar usar transporte, enfrentar o trânsito e com a possibilidade de buscar o almoço em casa.
 
“Estou no meu quintal”, diz. “Não reclamo de nada, está tudo maravilhoso.” 
 
Caso a mãe precise de alguma coisa urgente, basta interfonar. 
 
No início, Ulisses era funcionário do próprio condomínio. Depois foi aproveitado pela antiga Fornazari Administradora e Serviços. Quando a empresa foi comprada pelo Grupo Paschoalotto, passou na seleção e continuou no emprego. 
 
É do tipo de morador e funcionário que conhece todo mundo. Nas férias, aproveitou para descansar, mas de vez em quando passava na portaria para ver se estava tudo bem.
 
“Tenho saudade do meu quadradinho”, confessa. 
 
Para ele, um dia ideal é como o da entrevista, na última terça-feira: estava sol, com temperatura amena e a tia dele faria uma visita ao apartamento. 
 
De braços dados com a mãe e ao lado da tia,  o funcionário faria um passeio nas alamedas agradáveis do residencial.
 
Como todo porteiro de condomínio, Ulisses costuma ganhar presentes dos moradores no final do ano. Panetones, vinhos, cesta de Natal.... 
“Fora os beijinhos das meninas. Fico vermelho, mas recebo”, conta.
 

Piquenique nos gramados tem frutas colhidas no local

As árvores frutíferas que fazem parte do “pulmão verde” do Camélias foram plantadas pelos moradores mais antigos.  “A criançada adora”, afirma Etiene Giampaulo Salmem Stocco.
 

720 

É o número de apartamentos no condomínio
 
Dá para passar fim de semana e feriado sem sair do Camélias
Além dos quatro parques para as crianças, o residencial tem quadra de esportes, salão de festas e quiosques.  Uma das moradoras promove reuniões semanais para confecção de artesanatos.
 

Supermercado, que passa por reforma, atende a vizinhança
 

Apartamentos foram valorizados ao longo do tempo 

O alambrado, as reformas dos apartamentos, a troca do asfalto e a arborização são responsáveis por isso.
 

Síndica afirma que experiência é uma escola de gestão

A experiência como administradora levou Ana Paula Bicudo de Souza a aceitar a função de síndica. Com apenas 30 anos,  ela é responsável pelo bom funcionamento do maior condomínio da cidade. Chegou ao cargo depois que a antiga síndica mudou.
 
Hoje considerado um local tranquilo. o residencial tem como principal desafio a necessidade constante de melhorias, por causa da passagem do tempo e das exigências da legislação. 
 
Recentemente,  foi necessário construir um refeitório para os funcionários.  Ano passado, o antigo asfalto foi trocado por bloquetes, que duram mais e facilitam a drenagem da água.
 
As discussões entre moradores são cada vez mais raras. Ainda há polêmica, no entanto, sobre a presença de animais. São permitidos, mas dentro de regras. 
 
“É uma escola”, diz a síndica. “Quem é síndico aqui sai preparado para administrar uma empresa”.  Ou uma cidade.
 
 
 

Fonte: http://www.redebomdia.com.br

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