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Mercado

Reúso da água

Em SP é difícil achar condomínio novo com esse sistema

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
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Sem lei específica, imóvel novo com reúso de água é raridade em SP

G1 visitou estandes e teve dificuldade para achar 'apartamento verde'.Não há lei que obrigue construtoras a instalar sistemas de reúso.
 
Compradores preocupados em adquirir imóveis em São Paulo com tecnologia capaz de reaproveitar água das pias, do banho ou até mesmo captar a que vem da chuva terão dificuldades. Sem lei específica que obrigue a adoção, imóveis com as tecnologias são raridade.
 
Entre sete construtoras consultadas pelo G1, quatro (Odebrecht, Cyrela, Even e Tecnisa) lançaram ou entregaram ao menos um empreendimento residencial entre 2013 e 2014 com sistema que permitisse a utilização de águas pluviais ou de reúso. Nenhuma delas divulgou dados comparativos sobre o total de unidades lançadas e o total com esse tipo de tecnologia de captação.
 
O reúso não é condição para aprovação dos projetos pela Prefeitura de São Paulo e também não está previsto em leis federais ou estaduais. Somente agora, às vésperas da adoção formal de um rodízio, os vereadores da capital paulista aprovaram em primeira discussão, em 5 de fevereiro, o programa IPTU Verde, que prevê descontos de 2% a 6% para as construções que adotarem sistemas de coleta de água da chuva e de reúso.
 
Até que novas leis obriguem mudanças nos futuros projetos de construtores, as atuais opções são limitadas e se resumem a imóveis de alto padrão localizados em áreas nobres da capital paulista.
 

'Reúso? Vamos estar procurando'

 
A equipe de reportagem do G1 entrou em contato com as centrais de vendas e visitou estandes de empreendimentos nas quatro regiões da cidade. A constatação é que a pergunta sobre o reúso de água pegou muitos corretores de surpresa. Por telefone, nenhum dos atendentes das sete centrais de vendas consultadas possuía a informação em mãos.
 
O advogado especialista em condomínios Márcio Rachkorsky aponta que falta uma norma para que as construtoras já projetem os novos imóveis com a preocupação do uso racional da água.
 
“É preciso alguma norma simples exigindo que, para aprovar a construção de um condomínio, o projeto teria que ter estrutura para captação de água de chuva ou espaço para a coleta seletiva de lixo”, afirma.
 
A Agência Nacional de Águas (ANA) estabelece apenas critérios gerais para reutilização de água potável, mas a normatização específica para os prédios comerciais e residenciais ainda não existe.
 
Professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e diretor do Centro Internacional de Referência em Reuso de Água (CIRRA), Ivanildo Hespanhol avalia que o abatimento de imposto para quem optasse pela construção de edifícios sustentáveis pode ser um incentivo. “Nós não temos a cultura do planejamento, temos a cultura de gestão de crise. As medidas que têm sido tomadas nessa crise hídrica até agora são paliativas.”
 
Os especialistas cobram ação do poder público porque a instalação de sistemas de reúso no momento da construção faz com que o investimento seja menor do que uma reforma posterior.
 

Alto padrão

Dos estandes visitados pelo G1, a maioria dos que afirmaram ter sistema de reúso se limita à captação da água da chuva. Três iniciativas da Cyrela (em Moema, Brooklyn e Chácara Klabin) estimulam a economia de água pela adoção de medição individualizada, pelo reúio da chuva para irrigação de jardim e uso de temporizadores nos banhos das áreas sociais.
 
Também foi o caso do condomínio Biografia Vila Mariana, da Odebrecht, que tem quase cinco mil metros quadrados. A água da chuva será utilizada na irrigação das plantas e na limpeza de áreas comuns do edifício, com entrega programada para 2015.
 
Três dos seis imóveis lançados ou vendidos pela da Odebrecht Realizações Imobiliárias entre 2013 e 2014 possuem sistemas para reutilização ou captação de água da chuva. O diretor de Construção da construtora, Ricardo Toscani, conta que as iniciativas até o momento são mais comuns em empreendimentos corporativos, embora ele acredite que a crise hídrica tenha chamado a atenção dos consumidores residenciais.
 
“Acredito que se tornará uma tendência em empreendimentos residenciais também porque passou-se a ter essa preocupação com a economia de água", afirma. "Hoje já se consegue detectar uma maior procura [de imóveis com esse perfil] porque, além do apelo ambiental, o comprador pode ter um retorno financeiro. A reutilização da água reduz muito o valor da conta no final do mês.”
 
Para Toscani, a baixa oferta de prédios mais simples com sistema de reuso de água não tem uma relação direta com o valor do investimento para a instalação. “O custo total não é tão expressivo. O sistema é viável em qualquer condomínio. Tivemos um incremento de R$ 40 mil para a instalação do sistema em um prédio de 50 apartamentos”, contou.
 
No imóvel mencionado, o Park One Ibirapuera, no bairro nobre da Zona Sul, a construtora instalou, além do sistema de reuso de águas pluviais, um encanamento e um sistema de tratamento da água descartada nos boxes e nas pias.
 

Águas cinzas

 
Conhecidas como águas cinzas, elas passam por uma verdadeira estação de tratamento com tanque decantador, filtros e tanques de acumulação e alimentação de com capacidade de 7m³. Depois deste processo, a água não fica potável, mas pode ser utilizada para limpeza em áreas comuns.
 
(veja ao lado vídeo do blog Como economizar água que mostra com funciona o sistema em prédio lançado em 2006 pela Setin)
 
A construtora estima que o condomínio terá um retorno de todo o investimento feito – a implantação e a manutenção – em entre 3,5 e 4 anos. Ele destaca ainda que, mesmo com a tecnologia implantada, cabe ao condomínio colocar em prática o sistema disponível. No início, está prevista a operação assistida. Após a instalação do sistema, a água passa por análise para se certificar de que está em condições para consumo.
 
Consultada pelo G1, uma empresa especializada na instalação de sistemas de captação afirma que o número de condomínios prontos que buscam readaptar sua infraestrutura cresceu muito com a crise hídrica.
 
O projeto, os equipamentos e a instalação custa entre R$ 18 mil e R$ 32 mil, sem contar as obras que precisam ser feitas para adaptar o imóvel para o sistema. É possível encontrar a preços mais baixos, mas os projetos mais em conta não possuem o sistema necessário para tratar a água, colocando em risco os moradores.

Fonte: http://g1.globo.com/

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